Os empregos que nos fogem
Num destes dias fui tratar de um assunto de uma companhia de seguros, num dos seus postos de atendimento. Simpática, a menina que me atendeu, entregou-me sorridente, um inquérito de satisfação para responder.
Talvez o sorriso fosse forçado, pois uma das perguntas do inquérito era precisamente sobre a necessidade de manter aquele posto.
Fiquei a pensar que tudo o que tinha ido ali tratar podia ter feito on line, ou ainda melhor, através de uma atendedora virtual que conseguisse interagir.
Tal como neste caso, há por todo o lado empregos que irão desaparecer em breve. A começar pelos avanços da condução automática dos veículos. Mas pensar que os transportes passarão a estar isentos de greves e atrasos, não pode deixar de agradar aos utentes e aos patrões. Deve agradar menos aos sindicatos, mas isso é outro problema.
Vem aí uma nova e imparável revolução tecnológica, de contornos ainda mal definidos.
Mas porque a tememos tanto? Não será uma das aspirações de cada um, o ter mais tempo para si, o ter mais tempo para a sua família?
Pois o desafio será este, dividir a riqueza produzida e trabalhar menos. Parece coisa simples, minha gente.