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Ninguém é feliz sozinho

Ninguém é feliz sozinho

Os novos talhos de bairro

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Numa rua estreita a subir ou a descer, conforme a perspetiva, houve em tempos um talho em que a clientela se amontoava, sobretudo aos sábados de manhã, para ser atendida.

Era o dono, quatro filhos também talhantes e ainda a mulher nos pagamentos e nos sacos de plástico.

Houve em tempos, digo, porque fechou há anos  e o espaço está desde essa altura para venda.

Os supermercados, a diminuição do consumo de carne, ou os novos hábitos alimentares, puseram fim ao negócio.

Abriu agora no bairro um talho destes modernos, com outra apresentação, carne toda trabalhada, pronta a meter no forno, rolos disto e daquilo, hamburgueres recheados de tudo, rápidas entregas em casa e pedidos «on line» ou pelo telefone.

Tempos muito mais fáceis estes, muito mais escolha e rapidez, da qualidade menor ou maior, não falo, porque desconheço.

Outra vez o lixo em Lisboa

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Se assomar à janela ou sair à porta de casa, é este o estado da zona, lixo que ficou do Natal, que atravessou o fim do ano e que ainda lá está, engordado e nauseabundo, e estará presumivelmente até aos Reis ou até mais adiante.

Não se sabe, quando será limpo, quando voltarão os passeios a ser devolvidos aos peões.

Senhores das limpezas, da Câmara de Lisboa ou da Junta de Freguesia, para quando a higiene básica das nossas ruas?

É que isto não deviam ser só deveres em cima dos contribuintes, também devia haver um mínimo de contrapartidas.

Cada vez mais lixo em Lisboa

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Nos últimos tempos, o lixo parece que ganhou vida própria e se reproduz em grande quantidade, na cidade de Lisboa. 

E não venham falar do aumento dos turistas, porque restos de obras, loiças sanitárias, colchões velhos e frigoríficos avariados, não têm a ver com turistas.

Eu sei que há muita obra e remodelação, por todo o lado. Mas também há muita falta de vergonha e pouco civismo. 

À volta de quase todos contentores, são frequentes imagens, como a de cima.

E por mais que os serviços municipalizados passem para limpar, que também não primam pela rapidez, mas no outro dia de manhã, a montanha está quase igual, transbordando para o passeio. Esta lixarada atrai gatos, cães, ratos e baratas, tudo em péssima convivência.

Ora isto não pode ser. A Câmara e as Juntas de Freguesia terão de ser mais ativas, quer com a divulgação de meios para remoção de monos, quer com as limpezas, quer com as coimas e multas em cima dos infratores.

Isto pela nossa saúde e bem estar. 

 

Bem prega Frei Tomás

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Lá no seu belo convento com vista para a Arrábida, prega Frei Tomás. E que bem prega o frade. Mas façam o que ele diz, não façam o que ele faz. 

O caso de vereador da Câmara de Lisboa, eleito pelo Bloco de Esquerda, Ricardo Robles, é mais um exemplo deste conhecido provérbio. Ele e o seu partido, sempre a falar contra a especulação imobiliária e contra os despejos dos antigos arrendatários.Vai de propor a alteração da legislação para impedir o «carrossel da especulação».

Porém, na hora de tomar decisões, age como qualquer empresário do ramo imobiliário. Compra barato, despeja e indemniza os inquilinos, faz obras e tenta vender caro. 

Então para quê mudar a lei que até permite a reabilitação e a valorização dos prédios?

Que políticas estas

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Foram aprovadas no parlamento duas leis que mexem perigosamente com sectores vitais para o país, a habitação e o turismo. Uma pretende limitar as possibilidades de despejo na habitação, para inquilinos com mais de 65 anos, ou que vivam na casa há mais de 15 anos e a outra restringe o investimento no alojamento local até 7 alojamentos por proprietário. Não percebi ainda, como se vão contar estes sete, se é por proprietário, por sociedade, por prédio ou por apartamento.

Mas enfim, o que é preciso é legislar e depressa para mostrar trabalho ao PCP e BE, antes do verão, que o orçamento está à porta e as eleições também assomam. 

As políticas de esquerda sobre arrendamento são iguais às mal aventuradas políticas de Salazar, que tão perniciosas foram para as cidades de Lisboa e do Porto, onde durante décadas as rendas não puderam subir e os senhorios eram obrigados a acolher os inquilinos que pagavam rendas miseráveis, mas viviam do aluguer de quartos com valores centenas de vezes superiores. 

Assim, se tomam medidas erradas, nefastas para o turismo e a habitação, talvez para conseguir matar a galinha dos ovos de ouro.

 

O jardim botânico de Lisboa

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Depois de alguns anos de abandono ou má manutenção, reabriu melhorado esta primavera, o velhinho Jardim Botânico, pertencente à Universidade de Lisboa, na Rua da Escola Politécnica, para os lados do Príncipe Real.   

Este jardim foi fundado em meados do século 19, como complemento escolar para o estudo da botânica. Vieram de terras longínquas, exemplares e sementes de plantas de todas as colónias do país. Para algumas foi fácil aclimatarem-se e reproduzirem-se na cidade. Como exemplo bem sucedido desta aclimatação, lá está um magnífico dragoeiro, quase à entrada.

Paga-se 3 euros para visitar, o que não se pode considerar barato, porém para uma família, dois adultos e duas crianças, o preço é de 7,50 euros. É um bonito recanto de Lisboa antiga, com bastantes visitantes, nacionais e estrangeiros, onde se ouvem os passarinhos, o vento nas ramagens, e se observam os recantos, os lagos e os diferentes verdes, muito verdes.

Por bons momentos, conseguimos esquecer que estamos no centro da cidade.    

A nova rua do Salitre

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Pela mão da minha mãe, desci muitas vezes de elétrico de Campolide até ao Rato, para visitar umas primas moradoras na Rua do Salitre.

Magras reformas, escassos rendimentos, entre os quais o típico aluguer de quartos, e as senhoras lá iam sobrevivendo numa grande casa, muito antiga, com a casa de banho instalada na varanda das traseiras.  

O prédio, que com certeza conhecera melhores dias, era na altura quase uma ruína. 

Passei lá um destes dias, imóvel imponente todo recuperado e modernizado, portas de madeira enceradas lindas, belas campainhas douradas.

Na mesma época, a minha mãe também protegia uma senhora ou menina, que vendia roupa de porta em porta, roupa interior, lenços de assoar...(Saberão os mais novos, o que é um lenço de assoar? Abrirão as portas hoje, aos vendedores ambulantes, os moradores dos bairros de Lisboa?)

Pois esta vendedora, vivia só, num quarto alugado numas casas a desfazerem-se na Rua de S. Mamede, queixando-se então da chuva que lhe caía na cama e do frio e humidade do aposento. 

Aqui aconteceu o mesmo, as casas foram recuperadas e lá estão formosas, com garagens, elevadores, portas de segurança e outras comodidades.

Quem viverá agora nestes dispendiosos palácios? Será que lá vive alguém, ou terão sido comprados por fundos ou especuladores, à espreita para  fazer negócio?

Potes ou calhandros

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A tia tinha um pote destes num corredor escuro, que servia para enfiar as bengalas da avó e também os chapéus de chuva da família.

Já ninguém se lembrava que pote era aquele. Sim, tinha vindo da casa da mãe, há muitos anos, isso ela sabia.

Ora, aqui estão eles, bem documentados no Palácio Pimenta, que acolhe o Museu da cidade de Lisboa.

Tratam-se de potes, do século 19, também chamados calhandros, vasos altos de formato cilíndrico, em faiança esmaltada azul e branca, que serviam para controlar os despejos na via pública dos dejetos humanos, os tais que se faziam pela janela abaixo, aos gritos de «água vai».

Guardavam-se em casa, enchiam-se e eram depois diariamente transportados à cabeça, por mulheres, a quem chamavam calhandreiras, para serem despejados no rio em locais próprios.

Se a tia ainda cá estivesse ficava assim mais esclarecida.

E viva o galo

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O «pop galo», obra da artista plástica Joana Vasconcelos, está instalado junto ao Rio Tejo, pertinho do Cais das Colunas, na Ribeira das Naus até ao final do mês de novembro.

Depois será desmantelado e partirá para outras paragens, desta feita na China.

Desmanchar e embalar cerâmica e sistemas elétricos, com 3 toneladas de peso e 10 metros de altura, não será tarefa fácil.

Mas até lá pode ser apreciado de dia ou de noite, todo iluminado, dando vida a uma zona de Lisboa, cheia de animação.

Mais sobre o mau estacionamento em Lisboa

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Estamos no princípio da Estrada da Luz, onde acaba a Estrada das Laranjeiras. Há uma curva com pouca visibilidade e a rua aperta aí, mesmo no desembocar da Rua das Laranjeiras.

Passam autocarros nos dois sentidos, e carros muitos, constantemente, sobretudo nas horas críticas. 

E vejam lá, que não é proibido estacionar no lado direito da rua, no sentido Laranjeiras Sete Rios, tal como seria desejável e prudente?

Quando os autocarros se cruzam ali, fica o trânsito todo empancado, pois é necessário fazer manobras.

Senhores da Câmara, da EMEL, do ACP, não podem ajudar por favor?

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