O sabor da fruta
Ver dia a dia, um fruto a crescer na árvore, esperar que amadureça e depois ir apanhá-lo e saboreá-lo é um prazer cada vez mais raro.
E o perfume de um pomar, na hora do calor, ao entardecer ou de manhã, ainda orvalhado?
Compramos fruta nos supermercados, quase sempre colhida ainda verde, lavada, e até encerada, alguma, acondicionada no frio, dias ou meses, mas quando chega às nossas bocas, perdeu o seu sabor.
Procuro escolher sobretudo fruta da época, sempre mais barata, nacional, ou com origem demarcada, por exemplo, e atenção que não sou paga para isto, maçãs de Alcobaça, peras do Oeste, laranjas do Algarve. No tempo das cerejas, venham elas e no tempo dos pêssegos sumarentos há que aproveitar, fazer compotas ou até conservas, para quem saiba.
Temos porém a sorte de poder dispor de fruta portuguesa, vinda das nossas ilhas quase tropicais, a Madeira, e as suas bananas, pequeninas mas muito saborosas e os ananases dos Açores, também pequenos e igualmente saborosos.
Há pois, que saber escolher a nossa fruta.