O uso (in)devido das tecnologias
Antes de começar a comer, fotografo várias vezes o prato e envio as fotos pelas redes sociais para conhecidos e desconhecidos. Em vez de parar para apreciar a vista, saco do telemóvel e trato de fazer o envio das mensagens com as fotos.
Tenho visto muita gente fazer isto.
E pergunto, será para fazer crescer água na boca aos outros, para os fazer roer de inveja?
Há tempos, um pai recente dava conta do seu desapontamento ao assistir ao nascimento do seu primeiro filho, por, em vez de «viver o momento», se ter escondido atrás das lentes da máquina de filmar que afinal, por precipitação, nem conseguiu ligar, não tendo filmado nada, tendo isto sim, perdido toda a emoção daquele momento único, de que se arrependia já sem remédio.
Saibamos viver cada emoção, quanto mais ao vivo melhor.
Não há tecnologia que a possa substituir.