Pois desta vez, e este ano só tenho a dizer bem da nossa EMEL. Pedido «on line», o dístico de residente para o estacionamento do carro, com alguma antecedência, a pensar já nas demoras habituais, fui muito surpreendida quando o recebi, a tempo e horas na caixa do correio.
E sem pagar nada, talvez por ser ano de eleições, não faço ideia.
Com a pandemia alguns serviços públicos pioraram, e muito, disso não tenhamos dúvidas.
Ando há meses, desde o desconfinamento, a tentar renovar o dístico de residente para o meu carro. Sem qualquer sucesso. Tentei pelo telefone, por emails, cheguei a ir lá pessoalmente para me agendarem o dia e hora de atendimento, continuo a tentar repetidamente pela plataforma e nadinha. Surgem sempre umas respostas simpáticas, que serei contactada em 24 horas, que o meu pedido foi submetido com sucesso, que me deixam sempre esperançada, mas nada se concretiza.
Verifico que não estou sozinha neste percurso. No artigo de opinião do Expresso, desta semana, Clara Ferreira Alves relata a mesma experiência.
Talvez a EMEL tenha desaparecido, penso eu. Qual quê, os fiscais andam por aqui bem cedinho. Para as multas funcionam.
É quase do tamanho de um autocarro e está há meses estacionado com a parte traseira em cima do passeio, confinante com um dos poucos terrenos, que ainda permite o estacionamento gratuito e selvagem, mesmo no centro de Lisboa.
Com a chuva, o tal terreno vira lamaçal e os pedestres têm de sair do passeio e atravessar as poças de água e de lama, numa zona mal iluminada ademais. O carrão lá continua impante, com a erva a crescer por todo o lado. Não sei se está abandonado, o que sei é que sendo a Emel tão escrupolosa em certas situações, não olhe para esta e não lhe ponha cobro.