Distanciamento
O ser humano não fica propriamente feliz com o distanciamento social imposto. As pessoas gostam e precisam de conviver.
No outro dia, assisti a uma mãe a explicar às suas crianças, regras de comportamento seguro no relacionamento com os outros. Dizia a senhora, «vocês podem andar no jardim e brincar livremente desde que abrindo os braços não toquem em ninguém».
E lá iam os meninos divertidos a correr por entre as árvores, de braços esticados, como asas de avião, procurando não tocar nas outras pessoas.
É uma regra simples que qualquer um entende, mas que por vezes não se adapta às ruas e vielas estreitas dos centros históricos das nossas cidades. Aí será mais simples cada um virar-se de costas e seguir rentinho à parede. Mas será impossível adaptar este comportamento aos transportes públicos lotados.