Os nossos museus
Muito se queixam entidades ligadas à cultura pelas faltas de meios, quer falta de dinheiro, quer falta de recursos humanos.
Há sempre falta de qualquer coisa.
Chegam a fechar salas de museus, por não haver vigilantes.
Ora isto, num país vocacionado para o turismo e infelizmente, para pouco mais, não devia acontecer.
E então as câmaras de vigilância, também não as há?
E os trabalhadores voluntários, alguém se lembrou deles?
Há anos, encontrei num dos maiores museus do mundo, o conhecido Met, Museu Metropolitano de Nova York, uma senhora de muita idade que me confessou ser vigilante voluntária naquele museu. Quando lhe perguntei qual era a sua recompensa, respondeu-me, «passo os meus dias entre as melhores obras artísticas da humanidade e isso é mais do que suficiente para mim.»
Ao menos que não haja falta de imaginação para colmatar tantas outras faltas.