Ai os nossos bombeiros...
Eu sei que não fica nada bem dizer mal dos bombeiros, e que em muitas ocasiões estes profissionais são de grande ajuda em momentos difíceis.
Mas vejamos o que se passou comigo esta semana e qual a reação dos bombeiros.
O chão da minha casa de banho começou a aquecer sem motivo aparente. Aquecia cada vez mais. O andar de baixo, idêntico ao meu, está vago e os seus proprietários a viver no estrangeiro e sem se conseguirem contactar.
Lembrei-me do aquecimento da casa de banho de baixo. Devia ter ficado ligado desde a última vez que lá entraram, por causa de umas obras.
Chamei a EDP, se podiam cortar a eletricidade. Vieram, verificaram o tal calor do pavimento e o facto de o contador da luz, situado nas escadas, de uma casa vazia e inabitada, parecer cavalgar. Podiam cortar a luz, mas aconselhavam a telefonar para os bombeiros para ficar registado na polícia e haver assim uma causa para o corte da eletricidade.
A seguir chegaram os bombeiros. Vestidos a rigor, impunham respeito, mas afirmaram em segundos, que não era nada, o chão estava quente por causa dos canos da água quente.
Mas isso nunca nos aconteceu, e o perigo de curto circuito, de incêndio? Nada disso. Não era um calorífero daqueles preso na parede que podia aquecer o pavimento do andar de cima.
Saíram e os mosaicos continuaram a aquecer. Até que numa destas noites, o material deixou de aguentar, suponho. O calor foi-se e o contador parou. Felizmente e para tranquilidade de todo o prédio.
Agora, pergunto eu, porquê dizer a primeira coisa que vem à cabeça, porquê o facilitismo ou a primeira patranha, com ou sem pernas para andar?