Simplificar as nossas vidas
No outro dia encontrei uma mãe a carregar coisas da mala do carro para a arrecadação da casa dos seus pais.
Eram caixas e caixotes com brinquedos, livros, roupas e outras tralhas, que a senhora lá ia empurrando e empilhando conforme podia. Chamou-me especialmente a atenção um conjunto de cozinha de brincar, que parecia mesmo uma bancada com fogão, forno e micro ondas, dadas as dimensões e o seu aspeto.
Os filhos cresceram e já não brincam nem precisam daquilo, disse, acrescentando ainda, a falta de espaço.
Ora, antes de mais, porque damos tantas coisas aos nossos filhos? Atravancamos os seus quartos, as nossas casas, e as nossas vidas, com o que se precisa e o que não se precisa.
E depois, para quê, guardar tais coisas numa cave poeirenta e húmida, onde se vão estragar e pior, de onde sairão com alta probabilidade, diretas para o lixo ?
Ora, mais valia tentar vender ou oferecer a alguma instituição que pudesse aproveitar.
Há que saber simplificar as nossas vidas para deixar entrar a luz pelas janelas.