Procurar o rumo
É difícil para os mais jovens definir o seu rumo e identidade. Nós sabemos.
Mas tudo começa com o respeito por si próprio e o esforço por manter esse respeito ou dignidade.
Ouvi uma jovem contar a uma amiga ao telemóvel, estar muito contente por o C ter vindo com ela ao «Festival ao Largo». Parece que a amiga ficou algo surpreendida, pois ela respondeu a seguir, «agora foi só ali comer.»
Escusado será dizer que até ao fim do espetáculo, vi-a sempre sozinha encostada à parede, como se continuasse à espera.
Assisti também na rua, um casal jovem, meio escondido numa rampa, numa uma cena de agressões e puxões de cabelo por parte do homem. Ela, envergonhada, quando passava alguém, tentava disfarçar e rir como se fosse uma brincadeira, mas a coisa por lá continuou. Estranho crime em que é a vítima a procurar ocultar, quando deveria antes gritar por socorro. Acudam, chamem a polícia!
Namorados estes? Muita violência começa no namoro. No deixar passar, no não colocar um ponto final na relação.
Quem nos bate e nos maltrata não pode gostar de nós e antes que seja tarde demais, como em tantos casos, há que saber mudar de rumo.