Museu dos Coches
Ainda não tinha visitado o novo Museu dos Coches. E apesar de me fazer lembrar, por fora, um grande caixote de betão, fiquei deslumbrada com a riqueza da sua coleção. Ou seja, os coches não perderam nada por estarem dentro daquelas despojadas paredes de cimento. Sem dúvida, ganhou-se mais espaço, melhores condições expositivas e de iluminação e as peças sobressaem na sua beleza.
E aqui fica um pormenor de uma das suas obras primas, o coche dos oceanos, que integrou a embaixada que o rei D. João V enviou ao papa Clemente XI, em 1716, há cerca de 300 anos, e na sequência da qual o papa elevou o bispo de tal monarca, à categoria de patriarca, passando a cidade de Lisboa, a ser considerada uma das três cidades patriarcais. As outras são Roma e Veneza.
Entre os visitantes do Museu estava um grupo de adolescentes e ouvi de um deles, o seguinte comentário, que me fez sorrir: «Olha o «Air Force One», da altura.»
Podemos bem imaginar o que seria o desfile destes belos coches, puxados por várias parelhas de cavalos pelas ruas das cidades dos séculos XVII e XVIII.