Companheiros de quatro patas
Quando um companheiro de quatro patas entra nas nossas famílias, passa a fazer parte delas, para o pior e o melhor.
Entre o pior, estão os momentos de doença e de morte da bicharada.
Com uma vida relativamente curta, em comparação com a vida humana, quase todos os donos passam por essa fase.
Convivi há tempos com uma amiga, que tinha o seu cão muito doente, sem hipótese de recuperação e a entrar em sofrimento. Falou com o veterinário, porque queria pôr fim àquilo.
Combinaram o dia e a hora. Apesar de grande e pesado, (era um «husky»), aninhou-o o melhor que conseguiu nos seus braços e foi assim acarinhado, que o animal partiu em grande tranquilidade, segundo me contou.
No fim, o veterinário disse-lhe: «Poucos são os corajosos donos que querem partilhar os últimos momentos com os seus animais. Mas acredite, os animais parece que entendem que se trata da despedida, e aceitam-na melhor quando o dono está presente, e também para nós profissionais de saúde a situação torna-se muito mais fácil, com a presença deste.»
Para o Max, que tantas alegrias deu à sua família humana e para todos os donos em processo de luto, ou não, pelos seus companheiros.