Ai Lisboa, tão maltratada
Quem nos dera o remanso e o sossego deste ou de outro jardim lisboeta. Esta é a imagem de Lisboa que todos apreciamos.
Jardins limpos e bem cuidados, canteiros com belas plantas, lagos e fontes, parques infantis, de forma a que todos pudéssemos usufruir desses espaços.
Só isso e o melhoramento dos pisos das ruas e das calçadas dos passeios, e ainda a reparação de atos de vandalismos, já deveriam manter a Câmara e as suas finanças ocupadas.
Mas ciclicamente, como se de um vírus maldoso se tratasse, lá vem a febre das novas obras.
Que agora chegou em cheio e vai durar, e se tudo correr como previsto, o que nunca corre, bem o sabemos, pelo menos, até à próxima primavera. E o trânsito acumulado. e as obras ao lado, por exemplo na Rua Cinco de Outubro, que estão longe de ter acabado? E vem aí ainda mais a obra da «Segunda Circular»?
Começaram esta semana as obras de «requalificação do eixo Marquês de Pombal até Entrecampos». O que é isto da requalificação? E para que serve? Fazer mais esplanadas, mais pistas para bicicletas, serão assim tão necessárias?
Acho que é vontade de gastar dinheiro no acessório, que não no essencial.
Os lisboetas estão fartos de obras desnecessárias, quando vêem todos os dias, tanta coisa a necessitar de melhoria na cidade.