A semana de Fátima
A fé não se explica, sente-se ou vivencia-se, ou não se sente, nem se vivencia. Pode surgir em qualquer momento das nossas vidas, pode fugir, quando menos se espera, mas é considerada um dom.
Olhar para as fotos de Fátima e dos pastorinhos, há cem anos atrás, crianças pobres, descalças, não escolarizadas, a trabalhar nos campos áridos, para ajudar a dar de comer às suas enormes famílias, faz-nos refletir. A história tinha tudo para se diluir ou desaparecer no esquecimento e tal não aconteceu. Logo naquele ano de 1917, se impôs a ricos e a pobres, a autoridades, a religiosos e a leigos.
As fotos da época, não enganam, nelas aparecem as senhoras de chapéu e casaco comprido e as mulheres do povo com xaile e lenço na cabeça, os homens com colete a mostrar a corrente de ouro do relógio de bolso e os trabalhadores do campo, alguns descalços, outros com cajados, com os seus barretes e roupas campónias.
E Fátima continua a impor-se até hoje, porque a sua mensagem é universal, atravessa continentes, cruza religiões. É uma mensagem de esperança, apelo à paz entre os povos e à união das famílias.