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Ninguém é feliz sozinho

Ninguém é feliz sozinho

Firme como um rochedo

 

Quando eu nasci já a rainha de Inglaterra reinava no seu pais e gerava curiosidade à sua volta dada a sua juventude e elegância. Em Fevereiro de 1957 veio com o seu marido em viagem oficial a Lisboa, que deve ter sido muito especial para o jovem casal, pois foi em Lisboa o seu reencontro, após os compromissos profissionais daquele.

Num país cinzento e triste onde nunca acontecia nada, foi uma alegria muito grande a visita da rainha. As minhas três tias, irmãs do meu pai, que viviam praticamente em nossa casa, prepararam-se com afinco para descerem à baixa e correrem ao Terreiro do Paço, ao cais das colunas, onde seria o majestoso desembarque. Ainda tentaram arrastar a minha mãe, que com duas crianças pequenas à sua volta, achou que seria demais. Eu porém, com perto de 4 anos, fiquei no ar, como seria uma rainha a sério?

Quando ao final do dia chegaram as minhas tias estafadas e desanimadas e contaram as suas aventuras ou desventuras, ficou bem claro que elas não tinham conseguido ver a rainha, pois eram só ruas cortadas, gente por todos os lados, militares e polícias aos magotes.

Ainda não havia emissões regulares de  televisão, e poucas famílias tinham aparelhos. Restavam as fotos na imprensa escrita, nos jornais e revistas da época.

No momento em que parte a Rainha Elizabeth II gostaria de a evocar pelo seu exemplo de vida, a sua firmeza e sentido de dever.

 furnas graciosa.jpg

A inocência dos três anos

graciosa.jpgAndou recentemente de avião pela primeira vez. Naturalmente curioso e de acordo com os seus três anos, seguiu com atenção as explicações de segurança da hospedeira, olhando a par e passo para o folheto informativo. Colete salva vidas, lhe chamou ela, enfiar pela cabeça, apertar à frente, encher para ficar parecido com uma boia de piscina ou praia, achou ele.

Depois o infante arrumou tudo na bolsa do banco da frente e saiu-se com esta, «olha nem sabia que estes aviões podiam parar na água.»

Não fiz qualquer comentário, mas fiquei a pensar, é bom sinal que nenhum de nós o saiba, nem o venha a saber nunca. 

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