A Liga Portuguesa Contra o Cancro realiza anualmente em certas datas, peditórios nacionais. Mas a possibilidade de serem feitos donativos está sempre aberta e são estes que permitem que o trabalho da Liga prossiga na investigação e no apoio a doentes e familiares.
Trata-se de uma importante organização fundada em 1941, que os portugueses bem conhecem e que tenta agora recuperar diagnósticos e tratamentos que ficaram atrasados com as preocupações da pandemia.
Ouvi há dias alguém próximo, a quem o cancro tinha roubado prematura e inesperadamente um familiar dizer, «com as restrições do covid muitos não se puderam despedir nem acompanhar doentes e familiares na sua hora de dor, por vezes, nem umas simples flores conseguiram levar, aproveitemos assim a oportunidade de doar o dinheiro dessas flores como símbolo para a luta contra o cancro.»
Quer através de um donativo direto ou de indicação no preenchimento do IRS está na hora de retribuir.
Há muita gente a dizer maravilhas do exercício físico e eu junto-me a esse coro. Num país onde a maior parte da população é avessa a mexer-se, os que o fazem regularmente beneficiam de uma melhor qualidade de vida, mais vitalidade e boa disposição.
Claro que nem todo o exercício é para toda a gente. Terá de se fazer uma escolha de acordo com as diferentes idades, aptidões e gostos. A prática deve ser gradual e continuada, não serve de nada iniciar uma maratona, andar por ali aos trambolhões até espumar pela boca e depois passar dois meses a dizer mal da vida por conta de um jeito na anca.
Agora o que verifico é que quem começa, ou recomeça, estabelece uma rotina, mantém um grupo, um bom mestre, sente-se estimulado e a progredir.
A primavera está aí a pedir umas boas caminhadas, mexam-se por prazer.
0 meu pai chamava-se Diamantino, nome antigo do princípio do século passado, mas que ele prezava dizendo que provinha de diamante, uma preciosidade.
E na verdade o meu pai era um raro e precioso diamante. Não tinha os pés muito assentes na terra, todavia sabia cultivar o sonho e a imaginação das filhas.
Foi ele me ensinou a apreciar os diferentes tipos de rochas, os pássaros, os seus cantos e plumagens, as árvores, os seus rebentos e os seus frutos, enfim o valor da natureza.
Recordo com muita ternura os passeios que costumava dar a pé com o meu pai e onde, quer na cidade quer no campo, havia sempre matéria para explicações e descobertas ou não fosse ele pedagogo e professor de física e química.
Numa época em que era raro os homens ocuparem-se das crianças, ele fê-lo sempre com naturalidade, hábito que ainda conseguiu manter com alguns dos netos.
No mês em que se celebra o dia do pai, lembremos com gratidão os pais das nossas infâncias, os pais que nos acompanharam e ajudaram a ser mães e os pais mais recentes que só agora estão a iniciar a sua caminhada.