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Ninguém é feliz sozinho

Ninguém é feliz sozinho

A ida à praia de antigamente

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Lembrei-me de uma cena da minha meninice, que talvez só os da minha geração entenderão. Durante alguns anos, ia com a minha irmã e a minha mãe para a praia de Carcavelos, durante a semana, nunca aos fins de semana, por, como se dizia,  haver mais confusão. Íamos de carro, de boleia com uma tia minha, mais nova e mais avançada do que a minha mãe, que tinha carro e conduzia.  Na altura, ela era mãe de dois rapazes, meus primos, mais velhos do que eu, e era nessa viatura que matinalmente viajávamos para a praia. Ou seja, duas adultas à frente e quatro crianças no banco de trás.

Não me lembro da marca do carro, era assim para o baixote e largo, um carro da época, mas cabíamos lá todos.

A minha tia veio ainda a ter mais uma menina, que também seguia na sua alcofa para Carcavelos.

Alugava-se uma barraca às riscas, e ainda me lembro da minha tia aí se recolher para dar de mamar à bebé.

Havia dias em que aparecia também uma outra tia minha, mais outros primos e respetiva prole.Era uma alegria.

Passava regularmente a senhora dos bolos, com bata branca e uma caixa de madeira à cabeça para o transporte da doçaria, mas os bolos eram racionados para as crianças, o que queria dizer que não os podíamos comer todos os dias, era só de vez em quando, talvez um dia por semana. De resto era pãozinho levado de casa, com algum conduto, água e fruta. Saudosa e abençoada regra esta. Mas também a praia era só de manhã, almoçava-se depois em casa, qualquer coisa que a minha mãe tinha pré preparada. 

Agora o que acho espantoso, era como cabiam cinco crianças e duas mães, num veículo utilitário. Claro que não havia cintos de segurança, nem cadeiras para crianças, especiais e espaciais, digo eu, pelo espaço que ocupam.

A barreira da EMEL desta vez

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Pois desta vez, e este ano só tenho a dizer bem da nossa EMEL. Pedido «on line», o dístico de residente para o estacionamento do carro, com alguma antecedência, a pensar já nas demoras habituais, fui muito surpreendida quando o recebi, a tempo e horas na caixa do correio. 

E sem pagar nada, talvez por ser ano de eleições, não faço ideia.

Quando há a dizer bem, então que se diga bem.

https://apatricio.blogs.sapo.pt/a-barreira-da-emel-102433

 

O trabalho que a sorte dá

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Ter sorte, sem ter «mesmo um golpe de sorte», costuma dar muito trabalho. Muito esforço, muito suor, muitas lágrimas. 

Que o digam os nossos grandes atletas. Os medalhados, os das botas de ouro,  os olímpicos, os que se superam todos os dias, anos e anos a fio, por mais um centimetro, por mais um milésimo de segundo. Que o diga a nossa Patrícia Mamona, que entrou ontem, aos 32 anos e após 20 anos de treino, para o grupo restrito do triplo salto dos 15 metros, quando todos lhe diziam que era muito baixinha para o conseguir. 

Consegue voar, linda e maquilhada, e com ela voamos também todos nós. 

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