O caso de agressão ou «bullying», de um jovem de 13 anos, por colegas, numa escola do Seixal, que terminou no atropelamento do mesmo, é mais um terrível caso de violência vivida em meio escolar.
Sem contudo, querer diabolizar ninguém, não me parece aceitável qualquer justificação para o caso.
Referir como disse a mãe da agressora, que a vítima, «era um bocado pica miolos», não pode de maneira nenhuma servir de desculpa ou atenuante.
Ninguém, jovem ou adulto é obrigado a dar-se bem com todos. Mas correr aos gritos em bando desenfreado, atrás de um garoto indefeso e assustado e bater-lhe, o que é senão uma agressão ou uma violência? Acresce a isto o ser tudo filmado e partilhado pelos telemóveis, de que todos os miúdos usam e abusam.
Terá de haver muito trabalho nas famílias e nas escolas para que estes casos não se multipliquem.
Imagino que haja sempre exageros quando se vivem tempos de sobressalto pandémico. Coisas que mais tarde saberemos ser inúteis ou contraproducentes.
Mas os cuidados ou precauções ainda existentes nos lares de idosos, bem mereciam um novo aconselhamento das autoridades de saúde.
Felizmente os idosos já foram vacinados, e os seus cuidadadores também. Um dos idosos adoece, entra em descompensação, no caso, por diabetes e tem de ser internado em meio hospitalar. Melhora, tem alta, regressa à instituição e é colocado em quarentena, ou seja, no temível isolamento no seu quarto, sem poder conviver com os outros ou deslocar-se até ao jardim.
Dizem que são regras. Pois, são é um exagero. Que precisa urgentemente de ser alterado.
Está em curso uma massiva campanha de vacinação contra o covid, que nos repetem ser um sucesso, e que atingiu cerca de 200 mil inoculações no passado fim de semana.
Ainda bem que está a correr com celeridade, que esta é bem precisa.
Mas e os milhares de portugueses que têm ficado para trás, por erro nos agendamentos ou outras circunstâncias, ninguém se lembra deles? Para estes o fator idade ou comorbilidade já não conta?
Há pessoas que cumprem os critérios e esperam pela vacina há cerca de um mês, sem obter qualquer resposta das entidades oficiais.
Onde está a igualdade de tratamento na distribuição da vacina, bem gostaria de saber, ou será que é tudo espuma e areia para os olhos?
Um novo Museu de Arte Deco surgiu esta primavera em Lisboa. Fica em Alcântara num prédio centenário recuperado para o efeito, que conta com um lindo jardim nas traseiras. Foram mantidos traços característicos da habitação familiar, como o chão embutido com madeiras preciosas, as escadarias de pedra, o mirante, a compartimentação antiga e ainda a curiosa cozinha da época.
Nas diversas salas estão expostas peças de mobiliário e de decoração representativas de arte nova e arte deco.
Dada a delicadeza de algumas peças e a exiguidade dos espaços as visitas são guiadas e exigem uma marcação prévia.
Penso que a exposição melhoraria com sinalética apelativa, neste momento inexistente e expositores que protegessem a fragilidade das peças, dos tapetes colocados no chão ou do parquet marchetado. Tal reforço facilitaria igualmente o trabalho dos guias, que acompanham os grupos em cerca de bem mais de uma hora.
No fim, é oferecida uma prova de vinhos do grupo Berardo, porque o museu está considerado como fazendo parte do eno turismo, tornando-se então ainda mais agradáveis as mesas do referido jardim das traseiras.