A nossa justiça
Quem conhece a excecional obra de Victor Hugo, «Os miseráveis», identifica o magistrado Javert como aquele que nunca desiste de perseguir o que ele entende, numa perspetiva muito própria, ser culpado. Tal perseguição ao longo de anos, já não tem nada a ver com a justiça, mas sim com vingança ou ajuste de contas.
Há pessoas assim, há magistrados portugueses assim. Há pessoas cujo maior empenho é dizer mal do trabalho de outrém, desfazer o que foi feito, sem ser caso disso e sem cuidar de saber se está bem ou mal.
Dão uma triste imagem do que deve ser a busca da justiça, mas para eles o mais importante é a sua opinião, a sua razão, a exaltação do seu ego.
Claro que é difícil digerir esta serpente, claro que a sociedade precisa de reagir e tentar corrigir tal desvio, claro que a justiça necessita e muito de ser melhorada.
O país não pode rever-se na justiça que tem.