As vacinas contra o temível covid 19 são ainda escassas. Compreende-se que a sua distribuição obedeça a critérios rigorosos. Primeiro os médicos e o pessoal de saúde. Compreende-se.
Mas aqui começam as disparidades. Se nos hospitais públicos a maioria do pessoal de saúde já concluiu a sua vacinação ou está em vias disso, nos hospitais fora do SNS este objetivo está ainda longe e não sei mesmo, se já foi iniciado.
Contudo os hospitais privados já estão a receber e a tratar doentes com covid.
Serão os médicos e o pessoal de saúde destes hospitais menos importantes, menos vulneráveis ou mais saudáveis?
Há muita coisa nesta pandemia que não se compreende.
Começou há semanas um novo programa na Sic Mulher, que se chama «Mesaluisa».
A protagonista é uma senhora de longos cabelos cinza, Luísa Vilar, que gosta de cozinhar e de conversar. Vemo-la ir às compras ao mercado da Ribeira, voltar para o seu atelier cozinha, e aí começar a preparar o almoço, para si e cerca de dois convidados. A refeição serve como pretexto para conversas várias, sobre a vida das visitas ou temas da atualidade.
O original deste programa é a revelação de velhas receitas de família ou de antigos livros de cozinha, em tempos em que a comida não abundava nas mesas de muitos portugueses, em que se comia sobretudo em casa, não havia «fast food» e os restos das refeições eram reaproveitados em novos pitéus, ou numa singela sopa de tudo. Por outro lado, a confeção dos cozinhados é explicada de forma simples e adaptada aos produtos e quantidades mais atuais.
A iniciar um novo período de confinamento, em que se prevê muita refeição entre as quatro paredes, aqui está um programa que nos pode servir de inspiração.