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Ninguém é feliz sozinho

Ninguém é feliz sozinho

A fábrica de loiça de Sacavém

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Qual o português ou portuguesa, que não se lembra de ver, nas casas dos avós ou dos pais, ou até de possuir, uma peça, ou mais, da famosa loiça do cavalinho? Havia pratos, terrinas e chávenas em diversas cores e com diferentes motivos, mas o mais conhecido era sem dúvida, o cavalinho. Além da loiça doméstica foram também produzidas loiças sanitárias e azulejaria.

Recordo igualmente um dos populares slogans da altura, «Sacavém é outra loiça.»

Hoje, muitas destas peças são disputadas por bons preços, por colecionadores.

Mas a fábrica que surgiu em 1850, acabou por ser declarada falida em 1994, tendo os seus bens sido vendidos em hasta pública, entre os quais os muitos hectares de terreno onde se inseria, que deram origem a uma nova urbanização em Sacavém . 

Resta-nos agora o Museu de Cerâmica de Sacavém, que cresceu por iniciativa da Câmara de Loures, no local e em torno de um dos seus antigos fornos e onde se pode apreender um pouco da história da fábrica e ver ou relembrar algumas das diferentes decorações.

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Crime de propagação de doença contagiosa

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Andar na rua ou nos transportes, sabendo-se ou suspeitando-se infetado com doença contagiosa, é pelo direito penal português, crime punido com prisão.

Que isto fique muito claro, que bem precisa de entrar nas nossas cabeças.

E que dizer de uma família de três pessoas, pai, mãe e filha menor, que sabendo-se contagiados com o novo coronavírus, mas sem sintomas, decidiram mesmo assim, embarcar no avião, de Luanda até Lisboa, rasgando as análises e fazendo de conta que com eles estava tudo bem?

E como deixam desembarcar nos nossos aeroportos, passageiros vindos de zonas com elevadas taxas de infeção, sem  análises prévias de covid, sem análise na hora, ou sem quarentena?

Brincamos é?

Regresso à escola na pandemia

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O verão está dar as últimas e o ano escolar vai recomeçar esta semana, com aulas presenciais. Penso que alunos e professores tenham sentido a falta da presença física nas aulas e nas escolas.

Mas imagino como deve ser difícil aguentar a ansiedade deste regresso para as famílias, para os professores e auxiliares. E então para os alunos? Ainda pior com certeza. Para além do uso obrigatório de máscara, que só por si, dificulta o reconhecimento de expressões faciais, ainda temos de transmitir às crianças o conceito de distanciamento, e a proibição de tocar ou partilhar objetos. E também para os adolescentes, na idade dos desafios e dos namoricos, com a sua apetência para os habituais segredinhos e risadinhas entre grupos.  E  para todos ainda a preocupação do cumprimento das regras de higiene, da lavagem das mãos e da desinfeção regular.

E quanto à ausência ou limitação dos recreios, e da atividade física ou desportiva, que era o melhor momento do dia para muitos estudantes, pela  libertação de tensões ?

Muitos sacrifícios são pedidos. Esperamos e desejamos que as coisas corram bem para toda a comunidade educativa, que vai ser posta à prova neste novo ano letivo. 

O medo, sempre o medo

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Fila do supermercado para pagar. Manhã de dia calmo, pouca gente. A menina da caixa faz sinal à senhora à minha frente para avançar e colocar as compras no tapete. A senhora hesita, pergunta pela desinfeção do tapete. A menina diz que «já a fez, mas se a senhora quiser posso fazer outra vez.»

Não sei se tinha feito, não reparei. 

Mas a partir daqui a senhora, com luva de borracha na mão direita, indignou-se, «que não era resposta que se desse, que eram os clientes que pagavam os ordenados dos trabalhadores, que não gostava de ser atendida por gente malcriada, que se ia queixar à chefe» e por fim, com ar ameaçador, «como é mesmo o seu nome?»

O medo faz as pessoas reagirem assim.

 

 

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