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Ninguém é feliz sozinho

Ninguém é feliz sozinho

Os morangos do tio António

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Foi há muitos anos. O tio António tinha visto um bonito anúncio num jornal, (no tempo dos jornais e no tempo em que estes traziam tais anúncios),  divulgando uma variedade de morangueiros, que se podiam criar em vasos nas varandas e que abasteceriam as famílias com uns vistosos e apreciados morangos.

Vieram os pés dessas plantas. Arranjaram-se vasos novos, terra e adubo. E esperou-se.

Os morangueiros cresciam depressa, verdes e bonitos.  Rapidamente deram flor e depois no meio da flor apareceram umas bolinhas verdes, que pouco a pouco ficaram rosadas.

Todos os dias a família namorava a promessa dos moranguitos, aguardando.

Mas os pássaros descobriram-nos e comeram os morangos num instante. Sobraram talvez uma meia dúzia deles que ainda se provaram mas que não convenceram ninguém. Os morangos da praça eram bem melhores.

Agora o que surgiu esplendorosa no meio dos vasos foi uma bonita hera trepadeira que se agarrou à parede e que durante alguns tempos embelezou a varanda.

Mais um caso de violência doméstica

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No decurso deste ano já morreram assassinadas às mãos dos seus maridos ou companheiros, 21 mulheres. Assustador.

Dá que pensar. Muito há a fazer no campo da educação e da capacitação de cada um, ou cada uma, para recusar a violência, antes que seja tarde demais.

Agora vou contar um exemplo «incorreto» presenciado na zona em que vivo. Noite adentro os vizinhos acordaram assustados com os gritos, choros e sons de confronto de um casal. Chamada, apareceu a policia, com prontidão até, que conversou com o casal, informando sobre a situação penal.

De manhã cedo, à partida do homem, assomou a mulher sorridente à porta a despedir-se.

Como se tivesse sido apenas mais uma noite. Nada de mais, portanto. Nada de procurar mudar comportamentos, ou pelo menos tentar, antes que seja tarde e que as tristes estatísticas venham  ainda a aumentar.

E quando dinheiro a mais só dá chatices

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Pobres pais da menina Matilde. Não só são contemplados com uma doença complicada e rara que atormenta a filha, como ao criarem nas redes nacionais um peditório nacional destinado à compra de um medicamento de valor astronómico, conseguem em poucos dias reunir cerca de 2 milhões e meio de euros, mais do que o necessário para esse fim.

Os portugueses doaram rápida e generosamente esse dinheiro, comovidos com a situação.

Mas quem pagou o medicamento foi o Estado português, como não podia deixar de ser, ou seja, foram os impostos de todos nós.

Não falo aqui de outros bebés Matildes ou velhos Eduardos, que também precisavam ou ainda precisam de um medicamento ou tratamento em concreto e que continuam a esperar.

Isto porque sempre ouvi dizer, que quem não chora não mama.

Pergunto-me o que devem agora estes pais fazer com tanto dinheiro? Que dupla maldição lhes terá caído em cima. Devolver a sua totalidade, devolver a quem pedir a devolução, será isto possível e exequível? Guardar algum, para o futuro da filha, para ajudar outras crianças, mas com base em que critérios?

Qualquer que seja a decisão a tomar, vai haver sempre críticas e juízos negativos e se não surgir  também algum processo crime por burla ou qualquer outra coisa,  já será uma sorte.

Mais um exemplo das chatices que o muito dinheiro pode dar e que ainda pode vir a atormentar os pobres pais da bebé Matilde. 

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