A tortura da ida à praia
A grande maioria dos portugueses gosta de praia e sei que uma percentagem ainda maior adora o mar, a água, os lagos ou os rios.
Por isso, calculo que este «post» vá cair mal para muito boa gente.
Mas o que tenho constatado em pleno mês de Agosto, parece-me uma grande insanidade. Logo de manhã cedo, e quanto mais cedo melhor, começam os carros a afluir na difícil tarefa de descobrir uma agulha no palheiro, ou seja, um lugar para estacionar.
Aparcada a viatura, muitas vezes em completo desrespeito ao Código da Estrada, correm as famílias para as areias, com as lancheiras, os chapéus de sol, as cadeiras, mais as crianças com os seus pertences e ainda os avós, estes com maior ou menor dificuldade motora.
Chegados ao areal vá de montar o estaminé. Tarefa igualmente complicada, pois que a praia está quase, quase cheia, e ainda por cima a maré está a subir.
E depois há o sol a queimar, os banhos, com água fria de enregelar os ossos, o vento, a areia nos olhos e nas merendas, e por fim, o regresso penoso até casa, com a pele ressequida e os fatos de banho ásperos de sal.
Ai praia, praia...não seria melhor alternativa, uma manta estendida em cima da relva, debaixo da sombra de uma frondosa árvore?