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Ninguém é feliz sozinho

Ninguém é feliz sozinho

Interesses nacionais em mãos alheias

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Não me parece bonito ou sequer ético, que uma empresa francesa detentora dos aeroportos nacionais, use publicidade negativa num dos aeroportos portugueses, o de Faro, aconselhando num cartaz publicitário, com uma imagem de Marselha, «foge da confusão algarvia», para promover exatamente esse destino francês. É caso para dizer que são os interesses nacionais geridos por mãos alheias.

Mas pensando melhor, acho que esta campanha não deve ter sido concebida com inteligência.

Pois se os turistas estavam a desembarcar, o aviso seria tardio, e se estavam a regressar aos seus países seria igualmente despropositado, pois concerteza, como acontece na esmagadora maioria das situações,  a experiência portuguesa os teria satisfeito.

 

Engraçadinhos que nos batem à porta

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Tocaram à campainha e apresentaram-se como, voz feminina, da Santa Casa e, voz masculina, da PSP. Depois desapareceram. Pensei, só podem ser uns engraçadinhos, a reinar por estarem agora de férias.

Mas reapareceram pouco depois a apresentar o projeto «Radar», que está a ser levado a cabo pela Santa Casa de Lisboa e parceiros e que pretende conhecer a população lisboeta com mais de 65 anos, identificando as suas necessidades e expetativas. 

Sublinham, sendo tal de louvar, «Lisboa cidade de todas as idades», ou seja, como no cartaz da foto, se estão aqui é porque fazemos parte de um percurso conjunto.  

Leituras de verão

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Andrés Pascual, que aparece em primeiro plano como autor da foto, que ilustra uma sessão de clube de leitura, é o escritor do livro «O Haiku das palavras perdidas». Na foto podem ver-se alunos chineses, a maioria oriundos de Macau, inscritos no curso de português para estrangeiros  da Universidade Católica. Pois é, a língua portuguesa continua a ser divulgada nos diferentes cantos do mundo.

Ora, a  história do livro, passa-se no Japão, em Nagasaqui, em Agosto de 1945, narrando a explosão da bomba atómica, e o percurso de sobreviventes até aos dias de hoje, servindo sobretudo como um alerta para os perigos da energia nuclear.

Pascual nasceu em Logrono em 1969, foi músico na sua juventude, depois advogado durante mais de vinte anos, até que decidiu mudar de vida e dedicar-se à escrita, vivendo atualmente com a sua mulher em Lisboa. É autor de várias obras e é publicado em Portugal pela Gradiva. 

Aqui fica pois uma sugestão de leitura para este verão.

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