Anda por aí uma campanha publicitária da marca dos supermercados Continente. Tenho reparado nela nas estações do Metro lisboeta. E tenho reparado sobretudo por a achar um desastre visual.
Os muitos produtos que se pretendem destacar e alguns bem merecedores de destaque pela sua qualidade, ali estão retratados, amontoados em cima uns dos outros, numa foto feia, mal iluminada e sem graça nenhuma.
Penso que a maioria dos portugueses tem uma boa imagem das muitas lojas Continente e de alguns dos seus produtos. Imagem que a campanha não reflete.
Senhores criativos, para a próxima, esforcem-se mais.
Recai em cima das mães ou avós a tarefa de conseguir reunir a prole nos dias comemorativos, tal como o domingo de Páscoa. Assente a ideia e aceites os convites, já se sabe que a dita prole se vai sentar à mesa com apetite e aí começa a segunda dificuldade do processo. A ementa. Quem gosta, quem não gosta, quem come, quem não come.
Daqui resulta também profunda reflexão sobre o que se pode fazer em casa ou encomendar fora.
E é aqui que eu quero chegar. Desta vez, tentada por um folheto, recorri ao Pingo Doce. E gostámos todos. Foi uma boa experiência, cabrito assado, com batatinhas, migas e semifrio de limão. Este último foi votado pelos mais novos, que nem sempre são os mais gulosos, como a melhor sobremesa do dia. E havia várias, posso acrescentar.
E aqui fica a dica. E sublinho ainda, que ninguém me pagou para dizer isto.
As antigas catedrais começaram por ser edificadas em pedra, mas ao longo dos muitos séculos reuniram belos interiores em madeiras, nos seus cadeirais, tetos, órgãos e estátuas. E ardem. Ardeu a nossa Igreja de São Domingos, na baixa de Lisboa, em 13 de Agosto de 1959. Foi reaberta ao culto, mas conserva ainda traços escurecidos da devastação que sofreu nas paredes agora despidas. Mesmo enegrecida surpreende-nos imponente, mostrando-nos as suas feridas.
Também Londres cidade, ardeu quase toda nos primeiros dias de Setembro de 1666, mais os seus monumentos e catedrais, incluindo a Catedral de São Paulo, tendo sido depois edificada com as linhas que ainda se mantêm.
Ardeu esta segunda feira no centro da Europa, em Paris, a Catedral de Notre Dame. Desejamos que rapidamente seja reconstruida com respeito pelos seus mais de 8 séculos de história.
Tive a sorte de rever Amesterdão, ou Amsterdam, como eles dizem, ou «I Am Sterdam», como mencionam os cartazes turísticos, num destes fins de semana. Frio, vento, chuva e humidade. Museus. Muita gente em todo o lado, muitos turistas, muitos «trolleys», muita gente nova, talvez atraída pela liberdade de costumes, sexo e drogas. Cheiro a marijuana em vários locais. E um mar imenso de bicicletas. Silos para guardar bicicletas na Estação Central.
Andar na rua é ter muita atenção aos carros, aos outros peões, aos «trams», ou elétricos rápidos, mas sobretudo às bicicletas, que aparecem velozes e silenciosas de todos os lados e tanto podem respeitar ou não, os semáforos para viaturas como para os transeuntes.
Muitas lojas ou restaurantes anunciam não aceitar pagamentos em dinheiro, apenas com cartões de crédito. Porquê? Para maior transparência, para facilitar os trocos, para evitar roubos ou enganos?
Não sei. Mas o «big brother», ou a cobrança de impostos, anda por todo o lado, isso sabemos.
No entanto, numa sociedade tão regulamentada, fiquei muito admirada quando num restaurante italiano bem central, mas nas mãos de indianos ou paquistaneses, a conta nos chegou no final rabiscada à mão, numa folhita de papel.