Nos últimos tempos, o lixo parece que ganhou vida própria e se reproduz em grande quantidade, na cidade de Lisboa.
E não venham falar do aumento dos turistas, porque restos de obras, loiças sanitárias, colchões velhos e frigoríficos avariados, não têm a ver com turistas.
Eu sei que há muita obra e remodelação, por todo o lado. Mas também há muita falta de vergonha e pouco civismo.
À volta de quase todos contentores, são frequentes imagens, como a de cima.
E por mais que os serviços municipalizados passem para limpar, que também não primam pela rapidez, mas no outro dia de manhã, a montanha está quase igual, transbordando para o passeio. Esta lixarada atrai gatos, cães, ratos e baratas, tudo em péssima convivência.
Ora isto não pode ser. A Câmara e as Juntas de Freguesia terão de ser mais ativas, quer com a divulgação de meios para remoção de monos, quer com as limpezas, quer com as coimas e multas em cima dos infratores.
Quando um companheiro de quatro patas entra nas nossas famílias, passa a fazer parte delas, para o pior e o melhor.
Entre o pior, estão os momentos de doença e de morte da bicharada.
Com uma vida relativamente curta, em comparação com a vida humana, quase todos os donos passam por essa fase.
Convivi há tempos com uma amiga, que tinha o seu cão muito doente, sem hipótese de recuperação e a entrar em sofrimento. Falou com o veterinário, porque queria pôr fim àquilo.
Combinaram o dia e a hora. Apesar de grande e pesado, (era um «husky»), aninhou-o o melhor que conseguiu nos seus braços e foi assim acarinhado, que o animal partiu em grande tranquilidade, segundo me contou.
No fim, o veterinário disse-lhe: «Poucos são os corajosos donos que querem partilhar os últimos momentos com os seus animais. Mas acredite, os animais parece que entendem que se trata da despedida, e aceitam-na melhor quando o dono está presente, e também para nós profissionais de saúde a situação torna-se muito mais fácil, com a presença deste.»
Para o Max, que tantas alegrias deu à sua família humana e para todos os donos em processo de luto, ou não, pelos seus companheiros.