Já se passaram alguns anos. Já cá não estão alguns dos intervenientes da história, como a avó, que entretanto partiu. Mas ainda hoje a família se consegue rir deste episódio.
Saíram de Lisboa cedo, para ir passar o domingo de Páscoa, almoçando com a família no Alentejo.
No carro, o casal, o menino e o cão, cachorro ainda.
Porém, assim que chegaram à aldeia, gerou-se o caos.
O cão foi o primeiro a saltar do carro e correu a ladrar ameaçador atrás de umas galinhas. Uma das galinhas vem a morrer, talvez do susto, ou das pisadelas, nunca se soube, no meio da confusão.
Os donos gritavam para o cão ficar sossegado, a criança chorava com tanta agitação e a avó chorou pouco depois, quando se apercebeu, que se tinha finado a «sua melhor galinha poedeira».
Enfim, histórias da Páscoa, que ainda fazem rir a família.
Comecei recentemente a aprender língua e cultura italiana. E gosto muito do professor Frederico. Italiano de Nápoles, vive há anos em Portugal, trazido pelo amor de uma portuguesa, com quem casou.
Apesar de já ter alguma idade, tem uma memória fantástica para datas e factos históricos, que relata sempre com calma e humor.
No outro dia, a aula versou sobre as particularidades dos dois povos, o português e o italiano.
Veio à baila a Expo 98. Na altura, ele tinha chegado a Lisboa há pouco tempo e ficou abismado com a grandiosidade e a ambição do projeto e as dificuldades para a sua concretização. E conta, como ficou espantado, por ter sido possível que a coisa tivesse corrido bem, que a obra ficasse pronta a tempo e horas e fosse um sucesso. A imagem dos portugueses a salto, pela Europa fora, com a mala de cartão, desvaneceu-se de todo. Foi a prova dos nove.
A partir desse momento, ele e muitos outros, começaram a pensar na estranha gente que quando mete mãos à obra é capaz de tudo.
Descobri há pouco, que abriu uma nova loja «Mango» nos armazéns do Chiado, com umas belas escadas rolantes, quase ao lado de quem sai do Metro. As escadas não são tão bonitas como estas da foto de Monserrate, mas ajudam a poupar as pernas a quem queira ir para a «Fnac» ou por aí. Além disso, enquanto se sobe ou se desce, deita-se o olho a roupitas tentadoras.
Adiante. Comprei lá uma calças. Cujo fecho rebentou em dois tempos. Já não tinha o talão de compra. Voltei à loja.
Trocar não trocavam, sem o dito talão. Mas podiam mandar arranjar sem custos.
Saí agradecida. E prometi divulgar no blogue.
Ora, aqui fica, o seu a seu dono, e publicidade à loja, que tão bem sabe tratar o seus clientes.
Aqui deixo noticias da aventura do feijão mágico, que goza de boa saúde e está em franco crescimento. aqui
Foi um «post» que teve muitas visitas e comentários e por isso, segue a continuação da história.
Agora estou à espera que o feijão cresça até chegar ao gigante que dorme lá em cima, e depois a trepar, talvez eu consiga alcançar os famosos ovos de ouro, que serão distribuidos pelos meus leitores.
No outro dia encontrei uma mãe a carregar coisas da mala do carro para a arrecadação da casa dos seus pais.
Eram caixas e caixotes com brinquedos, livros, roupas e outras tralhas, que a senhora lá ia empurrando e empilhando conforme podia. Chamou-me especialmente a atenção um conjunto de cozinha de brincar, que parecia mesmo uma bancada com fogão, forno e micro ondas, dadas as dimensões e o seu aspeto.
Os filhos cresceram e já não brincam nem precisam daquilo, disse, acrescentando ainda, a falta de espaço.
Ora, antes de mais, porque damos tantas coisas aos nossos filhos? Atravancamos os seus quartos, as nossas casas, e as nossas vidas, com o que se precisa e o que não se precisa.
E depois, para quê, guardar tais coisas numa cave poeirenta e húmida, onde se vão estragar e pior, de onde sairão com alta probabilidade, diretas para o lixo ?
Ora, mais valia tentar vender ou oferecer a alguma instituição que pudesse aproveitar.
Há que saber simplificar as nossas vidas para deixar entrar a luz pelas janelas.
Março é o mês do fim do inverno e do começo da primavera, mas este ano, parece que a chuva, em falta, é certo, a neve, o vento e o mau tempo se sublimaram num inverno tardio, capaz de deitar abaixo mesmo os mais encalmados.
O que vale é que já há muitas árvores em flor. Pobrezitas, muitas nem se devem aguentar, mas as sardinheiras dos vasos da varanda estão também a ganhar vida.