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Ninguém é feliz sozinho

Ninguém é feliz sozinho

A ADSE e um futuro nada cor de rosa

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A ADSE ou Assistência na Doença aos Servidores do Estado, tal como foi criada, ainda no tempo da outra senhora, chegou até hoje, porque, melhor ou pior, tem cumprido os seus objetivos.

Vive das contribuições dos seus beneficiários, que são agora facultativos e não obrigatórios. Os descontos são de     3,5 % sobre os salários ou pensões, mas como é óbvio, este sistema alivia o Serviço Nacional de Saúde, por facilitar o acesso aos serviços de saúde, entre o privado e o público. 

Tem defeitos, sem dúvida, pode ser melhorada, também.

Mas querer reduzir as tabelas, só porque sim, pode vir a tornar-se um grande risco para os beneficiários. No momento, poucos dentistas têm acordo por causa das baixas comparticipações, ora se estas baixarem ainda mais, muitos outros prestadores de saúde poderão sair do sistema.

Se há falta de dinheiro, o que ainda não vi claramente explicado, porque não permitir a inscrição na ADSE a qualquer trabalhador que quisesse aderir, como num seguro de saúde?  

Por favor, vamos deixar de mexer no que está bem.

A super «nanny» e a super parvoíce

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Começou ontem um programa novo na SIC, sobre o (mau) comportamento de crianças, «Super Nanny» . 

Trata-se de uma fórmula televisiva, existente em vários países na Europa e também no Brasil, onde uma educadora ou psicóloga assiste às «cenas» e depois procura aconselhar os familiares sobre a estratégia a adotar.

Em  suma, pretendem-se mudar comportamentos, através do reforço positivo.

Não tenho dúvidas, que em muitas casas o infante terrível é o rei, que manda e ordena e que os pais e os educadores se devem ver aflitos para servir «sua majestade».

Não tenho dúvidas, que muitos destes pais se sintam perdidos e a necessitar de orientação.

Mas fazer disto programa televisivo, expor crianças desta maneira é bem pior que os tradicionais castigos da reguada ou das orelhas de burro, que ao menos só eram presenciados pela turma e agora podem ser assistidos pelo país inteiro.

 

Depois da seca

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Depois da seca, chegou finalmente a chuva. E que saudades dela!

Até há pouco mais de um mês, ouvíamos as previsões meteorológicas ou consultávamos os nossos telemóveis para saber do tempo, e duma coisa podíamos estar certos, mesmo que a chuva estivesse prevista, ela parecia desvanecer-se antes de chegar. 

Agora é ao contrário, mesmo que a previsão seja um sol radioso, a chuva consegue sempre marcar presença.  

Algumas barragens estão já com a sua quota máxima, ou perto disso e outras estão finalmente a ser limpas, para aumentarem a sua capacidade. 

E a chuva ainda é pouca para a falta que nos faz.

Vestimentas variadas

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As urbes, ou as grandes urbes, apresentam-nos vestimentas bem variadas. Podemos dizer que a imaginação será sempre o limite.

Na fria e ventosa Edimburgo ouvi uma gaita de foles e encontrei o seu tocador, vestido com o «kilt» tradicional e os joelhos ao léu.  

Mas nestes dias frios, tenho visto muitos jovens, com as famosas calças justas, algumas mais parecendo colans, com ténis, sem meias ou com meias escondidas, e vá lá, uma camisola ou um blusão. Às vezes, um gorro ou um cachecol, mais para dar estilo.

Por outro lado, há quem se apresente com botas resistentes, meias de lã, calças quentes, casacos, gabardinas e sobretudos e mesmo assim se queixe da friagem e da humidade.

Caso para dizer, a cada qual sua veste, pois o frio é sempre aquele que sentimos.

Feijão mágico

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Numa troca de prendas natalícia com um amigo secreto, recebi uma pequena lata redonda.

Com instruções. Abrir, regar e tratar com amor e cuidados.

Por fim, após umas semanas, germinou um feijão mágico, portador de uma mensagem secreta.

«Best friends».

As coisas que há agora para o pessoal gastar dinheiro. Mas lá que é simpático, isso é.

 

Para começo do ano

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Na minha faixa etária, são cada vez mais, as pessoas à minha volta com cancro, ou doenças graves. Algumas já partiram, outras por cá andam, vivendo um dia de cada vez, como acho que deva ser.

Vem isto a propósito de uma vizinha, que se debate há poucos anos, com um cancro dos intestinos, neste momento controlado, mas que se desloca regularmente ao Instituto Português de Oncologia. Vinha a sair um destes dias, quando encontra desfeita em lágrimas, uma senhora talvez nos «setentas», a lamentar-se da angústia e dos tormentos da doença e das consultas. «Eu quando venho aqui fico sempre transtornada», dizia ela.

A minha vizinha, que perdeu recentemente num neto, ainda criança, também vítima de cancro, ajudou, «Tem razão, tanta gente nova, crianças, bebés e já com este sofrimento.»  «Não», replicou a senhora chorosa, «não é pelos outros é por mim, pois nunca sei o que me vão dizer, se estou pior ou melhor.» 

Aí, a minha vizinha não se conteve, «mas com as nossas idades, já vivemos as nossas vidas, pior ou melhor, e há que encarar a situação, porque ninguém cá fica. Agora os novos, esses sim.»

Ora aqui vai um «post» para nos lembrarmos, neste princípio de ano, de viver com lucidez cada dia.

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