Diz a velha canção de Natal, de que alguns se lembrarão, «O Menino está dormindo ao colo da Virgem Maria».
Atualmente quase não se ouvem canções de Natal em português. O que é uma pena, pois temos melodias tão bonitas, algumas muito esquecidas.
Agora é só «jingle bells» e pouco mais. Penso que deveríamos fazer um esforço, a começar pelas rádios, para repescar as tradicionais músicas desta época e que todos ganharíamos com isso. A diversidade é mais criativa que a uniformidade.
Mesmo assim, ainda bem que há um «youtube» para os mais saudosistas.
O aproximar do fim de ano costuma ser época de balanços. O que correu melhor ou pior, e o que gostaríamos de conseguir melhorar no ano vindouro.
Lembro-me de uma história muito antiga, em que o ano velho se esforça nos seus últimos dias para realizar o sonho ou sonhos de cada um, mas apesar disso, as pessoas preferem que o ano se fine e surja o ano novo, cheio de promessas ou ilusões porque a novidade é sempre mais atrativa.
Balanços e baloiços, parecem ser como a vida, umas vezes para baixo outras para cima.
Que venha então o ano novo, e que nos traga boas surpresas.
Até ao dia 23 de dezembro, está presente no Museu do Traje, em Lisboa, uma exposição comemorativa dos 40 anos deste Museu e evocativa dos 20 anos de carreira do criador português Paulo Azenha.
As cores vivas, os diferentes tecidos e padrões e a variedade de materiais, chamam a nossa atenção para a grande criatividade deste estilista, que formado pelo IADE, trabalha agora na indústria de moda parisiense.
Quem, ao ver um pavão e a sua original plumagem, não sonhou também com um traje semelhante?
Mas poucos seriam capazes de conceber um vestido, vestível e feito com as penas do pavão.
Quem gosta de moda, deve ver esta mostra, que decerto, irá surpreender.
Por vezes manter a esperança viva e verdejante pode ser difícil, com o que se passa à nossa volta.
São os recentes comportamentos de alguma esquerda portuguesa.
Por exemplo, a posição contra o voto de pesar da Assembleia da República pela morte do empresário Belmiro de Azevedo, responsável pela criação de riqueza e de tantos postos de trabalho. Assim, houvesse muitos mais empresários portugueses com esta fibra.
O continuar a não haver acordo, entre a administração e a comissão de trabalhadores quanto à proposta dos novos horários laborais na Autoeuropa.
Seria bom que o capital acabasse, fugisse e deixasse os trabalhadores desempregados, à míngua da sopa dos pobres ou dependentes do estado falido? Será que é isso que alguns pretendem, no século XXI?
Ai verde, verde da esperança, que nos fazes falta.