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Ninguém é feliz sozinho

Ninguém é feliz sozinho

Coisas de verão

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Há cerca de um ano, troquei a minha casa da Ericeira por um andar em Sesimbra. Neste prédio veraneiam várias famílias espanholas, que mantêm como tradição um almoço estival partilhado.

Neste dia, e seguindo mais ou menos, o improviso de cada, todas as famílias contribuem e capricham. As espanholas trazem o «jamon serrano», o arroz à valenciana, a tortilha, a tomatada e outras delícias mais. Também os convivas portugueses se esmeram com o famoso bacalhau, o arroz de pato, os chouriços assados, o pudim de ovos, e por aí fora.

Há sempre frutas, doces e bebidas então, nem se fala. Normalmente há quem almoce, lanche e jante, porque a mesa é farta. E assim se passa um dia em alegre convívio, com musica, piscina e brincadeiras. Claro que o prédio também tem problemas de condomínio, como todos, penso. Mas a alegria e a iniciativa destas famílias bem podia ser copiada por outros condomínios, onde as pessoas mal se falam ou se conhecem.  

Nas conversas entre portugueses e espanhóis, num franco «portunhol», fala-se da dor do joelho, do filho que foi estudar para Barcelona, da filha que casou este ano, do último neto, etc. assim partilhando memórias e tradições.

O mar e as azenhas

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Há anos que não ia às Azenhas do Mar. Recordei agora o pinhal e as suas moradias, algumas a saírem de anos de ruína e abandono, ostentando cara lavada. Tal como nos grandes centros, encontram-se também muitos visitantes vindos de outras paragens. Tudo me pareceu um alegre movimento e renovação, com um ventito e uma fresquidão a saber bem, em contraste com os cerca de quarenta graus de Lisboa.

Recordei a Praia das Maçãs, o seu histórico elétrico carregadinho de banhistas, a Praia Grande e Colares.

E é em Colares que fica a «Ribeirinha de Colares». Restaurante com mais de 20 anos, que vos quero recomendar. Aconhegado e familiar, misto de casa de chá ou de almoços, jantares e ou pequenos almoços, será local ideal  para iniciar, intervalar ou finalizar o passeio ou o dia de praia.

 

 

A carneirada ou a caracolada

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A carneirada significa irem uns atrás dos outros, tal como os carneiros, sem saber o porquê, nem o para onde. Pelos vistos, os caracóis e não só, também têm os mesmos hábitos.  

Exemplos destes abundam entre nós, quando vozes se levantam para criticar um grande cirurgião português, o Prof. Gentil Martins, por este ter dito numa entrevista, ser contra a gestação com recurso a barrigas de aluguer e considerar a homossexualidade um desvio.

E depois? É a sua opinião e deve ser respeitada como tal. Podemos concordar ou não, mas isso é outra coisa.

Vai a Ordem dos Médicos abrir um inquérito, para quê? 

Mais uma vez, sob a capa dos bem pensantes esconde-se uma grande falta de respeito e tolerância, valores da democracia. 

  

 

Anjos de guarda

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Outro dia falei do meu ombro congelado, e da sua lenta recuperação.aqui

Mas ainda não referi os anjos de guarda que me têm ajudado a esticar o bracito, e que se chamam «move on fisio», a funcionar no Centro de Medicina do Estádio Universitário de Lisboa, e para quem não sabe,que fica em frente ao Hospital de Santa Maria.

E finalizo dizendo, que ninguém me pagou para fazer este «post».

Salvem o dragoeiro

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Obras na Rua de São José em Lisboa, tapumes, máquinas e guindastes para mais uma casa em construção ou recuperação. Isto não seria nada de novo por esta altura, se enjaulado para proteção, não se encontrasse um enorme dragoeiro, despojo de um antigo jardim, que se pretende ainda preservar. 

Os dragoeiros são plantas pré históricas, muito resistentes, que podem viver centenas de anos, dizem que oriundos das Canárias e considerados pelos botânicos, autênticos fósseis vivos. Devem o seu nome ao tom avermelhado da sua seiva, que era comercializada para farmácia e tinturaria como se fosse sangue de dragão.   

Por isso, dizemos nós, «salvem o dragoeiro».

 

Visitantes ilustres que nos chegam

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Lisboa recebe diariamente muitos visitantes, alguns mais ilustres e conhecidos do que outros. Mas deixemos a Madona das canções e fixemo-nos na «Pietá» da Basílica de S. Pedro em Roma.

Obra prima do escultor renascentista Miguel Ângelo, representando Jesus morto nos braços de sua mãe, tem agora uma reprodução exposta no Museu Nacional de Arte Antiga, no âmbito da mostra  «Madonna, tesouros dos Museus do Vaticano», que pode ser visitada até Setembro. 

Fé ou honestidade

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 A «fides» latina pode traduzir-se por fé ou honestidade. A fé no sentido religioso é coisa pessoal, que não importa aqui referir. Gostaria de focar a honestidade, a transparência ou «accountability», terminologia inglesa agora corrente. E a falta que ela nos faz. 

Realizou-se um grande concerto solidário no Meo Arena para ajudar as vítimas dos incêndios. Recolheram-se em donativos, mais de um milhão de euros, entregues à União das Misericórdias. 

Penso que a primeira preocupação desta instituição seria «dar fé», ou tornar pública, uma previsão das suas despesas para acorrer às primeiras necessidades. Ora, não encontrei rasto desta previsão. Encontrei sim no «facebook», muitas pessoas  com a mesma dúvida, a perguntarem como vão ser aplicados os donativos. 

Hoje, fui ainda surpreendida com a notícia da intervenção da União das Misericórdias no capital, (ou escassez dele), do Montepio. Simples coincidência?

São tantos os exemplos do mau uso desta virtude, que anda muito escavacada, mais do que o alusivo painel de azulejos desta bonita igreja portuense.

É de gelar com os nervos

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Para que serve o Estado, que sustentamos com os nossos impostos, apetece perguntar mais uma vez?

Proteção, segurança, são seguramente as ideias que mais depressa nos chegam à mente.

Ora, um Estado que deixa roubar material de guerra, apetecível para o terrorismo, e que deixa morrer no fogo compatriotas e arder os seus bens, está muito longe de cumprir a sua missão e de corresponder às necessidades públicas.

Precisamos de mais Estado e sobretudo de melhor Estado.

Pois a atuação do que temos faz-nos gelar de medo. 

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