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Ninguém é feliz sozinho

Ninguém é feliz sozinho

A busca da perfeição

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Ninguém gosta de falhar. Todos gostamos de que as coisas nos corram bem. 

Sabemos contudo, que ninguém é perfeito e que o motor das nossas vidas é esta luta por obter mais ou menos perfeição ou recompensa, como lhe queiramos chamar.

Mas já viram que chatice seria, se fossemos imaculados e vivêssemos rodeados de perfeição?

Quando se tem tudo, se conquistou tudo, ou quase, o que fica ainda para desejar?  

Por vezes, parece-me que o paraíso pode ser um grande pesadelo!

Assim vai a nossa Europa, qual castelo de areia

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Nestes últimos tempos, a União Europeia parece mesmo um castelo de areia prestes a desfazer-se.

Ele é a terrível burocracia para tomar uma decisão, ele é o seu adiar sem fim, sempre para uma nova reunião, sempre para a próxima semana.

Quando aparecem na televisão os «homens de Bruxelas», enfadonhos e cinzentos, a falar de coisas que não interessam às populações, só me faz lembrar o concílio religioso de Constantinopla, em 1453, onde foi discutido qual o sexo dos anjos, questão esta que até hoje não teve resposta, mas com a qual temos vivido, ao mesmo tempo que os turcos atacavam a cidade e o império romano se desfazia. 

Enquanto se debatem as famosas sanções a aplicar ou não, mediante as vírgulas do valor do défice, a Europa desmorona-se sob o peso de sangrentos atentados, que estes sim podem empurrar os eleitores para novos extremismos.

Também houve o «Brexit», e alguns bancos continuam numa perigosa instabilidade, mas a burocracite lá continua cega e surda.

Ora, assim vai a nossa Europa qual castelo de areia, prestes a desfazer-se.

Calor e Metro

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Chegou o calor em Lisboa e chegou em força.

É nestes dias de sol intenso que eu acho que andar de Metro é uma benção. 

Entrar no fresco da estação, e sermos transportados através da cidade, num gigantesco comboio subterrâneo, ventilado  e ao abrigo da caloraça, parece-me coisa de magia, sobretudo se tivermos conseguido um lugar sentado.

E depois mágicos, são também alguns dos seus passageiros. Hoje encontrei um jovem mulato, com os seus «fones» nas orelhas, que dançava e muito bem, animando a carruagem ao som da música que só ele ouvia.

Mas a sua dança podia ser partilhada por todos e era uma alegria para a vista.

 

Sonhar alto

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Sonhar alto, não é coisa fácil. É preciso saber e montar uma estratégia, e se não se consegue à primeira, é necessário insistir e continuar, não desistindo e acreditando que é pelo sonho que vamos.

Fernando Santos acreditou e conseguiu, Soube motivar uma equipa, uma seleção, um país. Disse-nos que era possível.

O dia 10 de julho, podia bem ser o dia de Portugal, dia especial para o desporto português, que não é só futebol, como sabemos. Assim, tivemos duas atletas com medalhas de ouro e bronze na meia maratona de Amsterdão, Sara Moreira e Jessica Augusto, Patricia Mamona recebeu ouro pelo triplo salto, Tsanko Arnadov, nascido búlgaro, mas participando com as cores nacionais, recebeu bronze pelo lançamento do peso, e até na volta à França o ciclista Rui Costa ficou em segundo lugar na nona etapa.

Bolas que até tive de usar uma cábula para relatar tantos feitos.

Mas o que interessa é sabermos que é pelo sonho que conseguimos ir.

 

 

Hoje toda a gente fala de futebol

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Depois do êxito de ontem da seleção portuguesa, hoje toda a gente vai falar de futebol e com bons motivos, mas eu quero destacar um livro que me chegou às mãos, sobre as contradições do nosso tempo.  

Trata-se da obra, «Por uma sociedade decente», do Professor Eduardo Paz Ferreira, que pretende ajudar-nos a refletir sobre como construir uma sociedade melhor, aquilo que todos desejamos, ou simplesmente decente, partindo da análise, aliás muito bem feita, da situação atual e de como lá se chegou. 

É referido que hoje «o individualismo ocupou o lugar da solidariedade, o mercado substituiu o Estado.» (pág. 32). 

O autor propõe o reforço dos poderes do Estado, ou dos Estados, o combate concertado à grande evasão fiscal, pois parece que o dinheiro corre livremente por novas vias, espremendo a classe média, que sustenta a máquina, e tornando os pobres mais pobres e os ricos mais ricos. 

Gostei de saber que há ainda entre nós, quem se preocupe com os temas sociais, que defenda a correção das desigualdades e que critique o ultraliberalismo.

Estou confiante que algum dia, talvez próximo, assim o espero, a corrente mudará.

 

 

 

O espetáculo acabou

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O espetáculo acabou. O pessoal começa a sair, por aqui ou por ali, como será melhor, há que escolher, consoante os destinos de cada.

Vi aparecer um dos músicos a carregar um grande estojo de violoncelo, a sair por uma porta lateral e a embrenhar-se nos jardins mal iluminados, dada a escuridão. 

Ora aquele devia saber qual a melhor saída. Fui atrás dele, bem como vários outros, pelos carreiros do jardim.

De repente o músico para e pergunta-me, «Sabe qual a melhor saída, para ir apanhar o Metro?»

«Então o senhor que é músico, não sabe?» respondi.

«Não, eu não sou de cá, sou do Porto, vim apenas substituir um colega da orquestra, que estava doente.»

Logo, uns de trás responderam que afinal íamos todos bem, a saída era já ali à direita.

Isto de noite é sempre um pouco mais complicado.

 

Noites quentes

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Estão a chegar as tão desejadas noites quentes. Noites em que se pode sair, apanhar fresco, convivendo ou vivendo de outra forma ao ar livre.

Em Lisboa há muito por onde escolher, esplanadas à beira rio, concertos e espetáculos vários.Tão variados e para tantos gostos e idades, com o benefício extra de muitos serem gratuitos.

Para poder escolher basta consultar os sites adequados, por exemplo da Câmara de Lisboa, do Teatro S. Carlos e outros.

Aproveitemos então, pois como todos sabemos, o Verão é bem curtinho.

Profissões ou mesteres do antigamente

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Todos os dias ouvimos gente queixar-se da falta de trabalho, do desemprego, que procuram e não arranjam nada para fazer.

E que tal aprender uma profissão, aprender a fazer coisas como antigamente? 

Eu explico melhor, tenho numa loja de arranjos de costura, uns trabalhitos de máquina encalhados, quase há um mês, porque a senhora, apesar de agora já ter uma empregada, está cheia de trabalho, esteve de férias, regressou há pouco e por isso, nada feito.

Precisei de um estofador, contactei vários, que não podiam, só para o fim do verão, até que finalmente através de indicação preciosa, lá consegui um.

Necessitei de encadernar uns livros, mas onde? Todas as minhas referências já tinham desaparecido.

Tive que mandar soldar um fecho de um colar que se partiu, e o dono da loja, aberta há mais de sessenta anos na Baixa, disse-me, «cada vez tenho mais dificuldade com estes arranjos, porque já não há quem faça.»

Há tantas profissões a morrer, tantos artesãos que podem e gostariam ainda de poder passar os seus saberes.

Então esses desempregados não poderiam ser encaminhados para estas áreas, o que será preciso para mudar isto?

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