Chamar feio e desdentado a quem quer que seja, não fica nada bem, não senhor. Dizer que os transmontanos são assim, ou que os alentejanos são assado, é cavar o fosso estúpido do desentendimento e da maldadezinha.
Quanto ao incidente a que me refiro, e que teve lugar há mais do que cinco anos, parece que ainda a procissão vai no adro dado o grande enfoque agora dado na comunicação e nas redes sociais.
O seu autor já pediu desculpa, é certo. Mas será caso para pensar, será que o dito já se viu ao espelho, ou estaremos a viver mais um exemplo do ditado popular, do roto a apontar o dedo ao que vai nu?
Uma toalha de linho, bordada ou estampada, compõe uma mesa, um casaco ou umas calças de linho dão bom porte ao mais desajeitado ou desajeitada. O linho é fresco e agradável ao toque, mas difícil para passar a ferro.
Nunca tinha visto a planta do linho, que aqui vos mostro na foto. A planta pode chegar a atingir um metro de altura.
A semente do linho, também pode ser aproveitada e dá origem ao óleo de linhaça, usado na alimentação, na cosmética, na indústria farmacêutica e nas tintas de óleo.
A planta é depois colhida, lavada, fiada, e mediante processos complexos, antigamente manuais e agora já industrializados é finalmente tecida.
Há aldeias portuguesas, sobretudo nas Beiras e Trás os Montes, que têm preservado o ciclo do linho, certamente quase tão antigo como a agricultura.
Ia a entrar na casa de banho do Centro Comercial, quando uma pequenita se atravessou, dizendo, «o meu pai está lá dentro a mudar a fralda do meu irmão.»
E assim era. O dito pai estava na casa de banho das senhoras, porque a casa de banho dos cavalheiros, não tem muda fralda, pedindo à filha mais velha, que ficasse de atenção à porta, a avisar, para que ninguém estranhasse.
Palavra puxa palavra e lá desabafa, o jovem pai, «não sei porque põem sempre o muda fraldas dentro dos sanitários femininos, como se só as mães mudassem fraldas, ao menos podiam colocá-lo na zona da entrada, desde que houvesse espaço...hoje, sábado, a minha mulher está a trabalhar, aproveitei para sair com os meus filhos, mas quando chega a altura da higiene, tenho sempre este problema, se entro com a mais velha na casa de banho dos homens ainda para mais, com aqueles urinóis, ficam todos a olhar, se venho para aqui, há sempre umas senhoras que torcem o nariz.»
Não pude deixar de dar razão àquele pai cumpridor, e concordámos, ambos a rir, que a coisa mais parecia a história do velho, do rapaz e do burro, o que quer que se fizesse haveria sempre vozes críticas.
Há muitos anos que ouvia falar de Castro Daire e nunca lá tinha ido.
Trabalhei numa Comissão, serviço público, que nos anos oitenta, com os dinheiros da CEE e não só, desenvolveu por lá um projeto de empoderamento das mulheres, como se diz agora, mas não se dizia na altura. Na altura, falava-se de planeamento familiar, saberes tradicionais e outros conceitos.
Foi difícil todo o processo, sobretudo o arrancar, pois as resistências e as desconfianças foram muitas. Foi necessário falar com o bispo, os autarcas, os padres, os médicos e as professoras e enfermeiras da zona.
Mas a pouco e pouco, lá se sossegaram as consciências, e passou-se da fase, «vem umas de Lisboa, para as nossas mulheres não terem filhos», para a fase da curiosidade e depois finalmente para a fase da aceitação, com os trabalhos manuais do linho e da lã e as cooperativas que por lá ficaram e que julgo ainda hoje estão ativas.
No meio de uma belissima serra, lá aparece altiva Castro Daire. Belas casas de granito e varandas em madeira, desertas, e algumas a cair e a precisar de recuperação urgente.
É assim o interior, e fica a dúvida, como seria há mais de trinta anos.
Sabemos que os portugueses são vaidosos quanto aos seus bólides. Gastam um dinheirão, (emprestado pela banca, na verdade), para comprar carro novo, que possa sobretudo ofuscar o carro do vizinho.
Mas que tal pensarmos em carros velhos? Alguns saudosas relíquias de outros tempos? Ou carros históricos que conduziram rainhas, papas e políticos?
Ao olharmos para certos modelos, acredito que a cada pessoa lhe venham lembranças de histórias pessoais ou familiares, de séries televisivas, de tempos de guerra etc...
E é essa a magia deste acervo, que está muito bem guardado no Museu do Caramulo, e pode ser visto a troco de sete euros por pessoa.
Fica a sugestão que pode ser usada como programa familiar, num próximo passeio ou numa escapadinha do feriado.
O Museu costuma deslumbrar miúdos e graúdos, pois possui coleções de brinquedos antigos, tendo até feiras de trocas para colecionadores, bem como réplicas infantis de modelos de outras épocas.
Há ainda uma vasta e valiosa coleção de pintura, escultura e artes decorativas, sempre fruto de doações dos seus autores ou proprietários.
A recente eleição de Sadiq Khan para Mayor da cidade de Londres é um exemplo positivo do pluralismo de muitas sociedades do nosso tempo.
Muçulmano, quinto de oito filhos de um casal de imigrantes paquistaneses, o pai motorista de autocarros e a mãe costureira, viveu e cresceu num bairro social. Com muitos sacrifícios, todos os irmãos se licenciaram. Conheceu as desigualdades e a discriminação, estudou Direito e juntou-se ao Partido Trabalhista. Foi o primeiro ministro muçulmano inglês, em 2009, integrando o governo de Gordon Brown, com a pasta dos Transportes.
E acabou de ser eleito pelos seus concidadãos.
Ele próprio se define como «londrino, europeu, inglês de fé islâmica e origem asiática.»
Talvez com a ajuda de Santiago ou de Maomé, o mais importante vai ser agora o seu desempenho.
Grão a grão enche a galinha o papo, gota a gota se vai enchendo o copo.
Assim foi a campanha «Vamos pôr o Sequeira no lugar certo», aqui comentada em post anterior.aqui
O montante inicial foi ultrapassado, com a ajuda de muitos e o Museu Nacional de Arte Antiga conseguiu comprar o quadro que vai ser mostrado ao público, muito em breve e pode ainda gastar a verba excedente noutras necessidades, que deverão ser muitas. Sequeira vai mesmo para o lugar certo. Campanha atinge meta de 600 mil euros
Não se pense porém, que a angariação pública de fundos é uma ideia recente, pois, por exemplo, o conhecido monumento «Cristo Rei», que embeleza a entrada no Tejo desde 1959, foi construído mediante o recurso a uma campanha, chamada «pedras pequeninas», e que decorreu durante anos, entre 1939 e 1958.
Assim, com esta iniciativa estão de parabéns a cultura portuguesa e o MNAA.
A partir de 1 de junho vai funcionar o regime de carta de condução por pontos.
Convém estarmos atentos e informados.
Todos os condutores entram neste regime com 12 pontos, pontos estes que podem ser retirados consoante as infrações cometidas, e que vão de menos dois pontos por contraordenações graves, até menos 6 pontos por crime rodoviário. Atenção que a condução, infelizmente tão frequente, sob o efeito de álcool ou substância psicotrópica tem um regime próprio e mais gravoso, podendo dar lugar à perda de três pontos.
Os pontos também podem ser recuperados no final de um período de três ou dois anos, (para condutores profissionais), sem que exista registo de infrações.
Quando tiver apenas quatro pontos o condutor tem de frequentar uma ação de formação de segurança rodoviária, com
dois pontos o condutor tem de realizar uma prova teórica de exame de condução e com zero pontos perde a carta de condução, que só pode ser (re)obtida dois anos depois.
Por isso, muito cuidadinho ao volante.
Para mais informações vá a sites especilaizados, entre os quais por exemplo o do Automóvel Clube de Portugal. aqui