Coisas que estão sempre a mudar
Há coisas que parecem estar sempre a mudar, como o aspecto das rochas da praia com as marés, mas se formos a ver permanecem na sua essência, estou a pensar neste momento, na força dos laços familiares.
Vem isto a propósito de um filme em exibição nos nossos cinemas, «Ricki and the flash», que conta a história de uma cantora rock, da sua banda e da sua família. Há anos, deixou o marido e os filhos para viver o sonho da música, nunca tendo porém, chegado a ser uma grande estrela.
A nossa Ricki, trabalha de dia como caixa num supermercado, onde é supervisionada por gente crítica e muito mais nova e à noite, anima as hostes com a sua banda, num velho bar, onde interpreta canções americanas que quase todos conhecemos.
Chamada pelo ex-marido para apoiar a filha em processo de divórcio, tem de regressar ao seu passado e ao reencontro com os seus medos.
Muita coisa mudou, desde os anos 70 e 80 do velho rock and roll, e é referida neste filme, por exemplo, o que era viajar de avião outrora e o que é viajar hoje, com os, pouco úteis e pesados controlos de segurança dos aeroportos.
Este filme é no fundo uma homenagem à música derrubadora de barreiras e de preconceitos, que serve aqui para libertar e unir as pessoas.
A grande Meryl Streep tem mais um ótimo desempenho e não se sai nada mal com as suas cançonetas.
Vão ver que não se arrependem.