O espetro da depressão
Recentemente uma figura pública na casa dos trinta anos, a ex deputada, Marta Rebelo, assumiu publicamente sofrer de depressão crónica, diagnosticada há mais de dez anos.
Disse ela que, em certas ocasiões, sem saber porquê, tendo tudo para ser feliz, como se costuma dizer, se sentia tão mal que só lhe apetecia desaparecer. E depois declarava considerar ser um problema químico e estar desde essa altura a ser devidamente medicada.
Louvo a coragem desta mulher que chama a atenção para um tipo de doença, a mental, que ainda hoje é por muitos vista como um estigma, ou desvalorizada como coisa sem importância, ou ainda algo que se deve esconder ou ocultar por vergonha.
Felizmente vivemos numa época em que a medicina tem evoluído constantemente, e que mesmo na área difícil da doença mental, estamos longe dos antigos tratamentos do isolamento, das camisas de força, dos banhos de água fria e outras torturas aplicadas aos doentes.
Muitos doentes há, que tratados e apoiados conseguem fazer uma vida dita normal e isto é um avanço e um raio de esperança para estes pacientes.