Nem sabem a sorte que têm
Portuguesa, viveu quase toda a sua vida no estrangeiro, a trabalhar para organizações internacionais, andou por África, pelos Estados Unidos, sendo que ultimamente vivia na Suíça, em Genebra.
Na primavera, numa consulta de rotina em Genebra, foi-lhe detetado um nódulo no peito, e então decidiu regressar e ser cá tratada.
Foi operada e seguiu os tratamentos recomendados, primeiro a quimioterapia e agora a radioterapia.
Está melhor e já com esperanças de pode ir passar o Natal à Suíça, com o marido que lá ficou e a filha.
Nem precisei de lhe perguntar, a razão da sua opção pelo tratamento em Portugal, porque me disse logo, «sabe, a minha escolha tem a ver com o facto de aqui os médicos olharem para os doentes como pessoas, e não só como mais um tumor, e a nossa medicina é de alto nível. Os portugueses queixam-se muito, mas por vezes nem sabem a sorte que têm.»