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Ninguém é feliz sozinho

Ninguém é feliz sozinho

Ser turista na nossa terra

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Temos aqui falado de Lisboa, da Baixa e das suas novidades.

Mas hoje venho falar do Porto e da «movida portuense», que dá gosto ver.

Atrevo-me a dizer, que a coisa deve ter começado ou acelerado, a partir de 1996, quando a UNESCO classificou o seu centro histórico, jóia em granito e azulejo, com telhados vermelhos, como património mundial.

Calculo que, nestes últimos anos, as transportadores aéreas de baixo custo, que por lá operam, também devem ter ajudado.

Casas belíssimas, algumas abandonadas durante anos, estão agora recuperadas e outras em vias disso.

Quer de um lado do rio Douro, sobretudo na Ribeira e nas Cardosas, quer do outro, em Vila Nova de Gaia, novos hotéis, hostels, restaurantes, caves de vinho do Porto e esplanadas surgiram por todo o lado. Há barcos a subir e a descer o rio constantemente e ainda autocarros carregados de visitantes.

E talvez como causa ou efeito, não se sabe, chegaram as pessoas, os turistas de fora, muitos e ainda os de dentro. 

O que é certo, é que sabe bem ver a segunda cidade do país, mais antiga que o próprio, com tal animação e movimento. 

 

O velho elevador do Lavra e as suas novas gentes

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Para cima e para baixo lá anda o velho elevador do Lavra, desde 1884, sendo o mais antigo de Lisboa.

Já viu muita coisa, muitas e variadas gentes.

Agora, sobe e desce carregado de turistas.

Numa destas tardes ensolaradas, entrou no elevador uma família muito peculiar, duas jovens mulheres de burka,  e rosto tapado, apenas com os olhos à mostra, acompanhadas de sete rapazes, alguns aparentemente com idades muito próximas, e ainda um homem também jovem, que parecia ser o «chefe da família.» 

Vinham todos encasacados para o frio, quando a maioria dos passageiros ia de manga curta e sandálias.

Os meninos sentaram-se com as suas mochilas, os seus tablets e telemóveis, sempre  de olhos postos no «chefe», que à medida que o elevador ia entrando os obrigava a apertar nos bancos para dar lugar a mais pessoas.

E lá subiu pachorrento o elevador, permitindo as fotos e os filmes do costume.

Quando saímos, ouvi dois senhores de idade, comentar, «só tinha visto esta gente nos filmes e na televisão, de onde virão e como virão, como será a distribuição dos quartos, (isto dito com malícia e risinhos), qual a logística necessária para  poderem viajar, um grupo de 10 pessoas?»

Talvez tenham vindo num cruzeiro, ou talvez não, o que me intrigou foi, sendo sete rapazes, alguns ainda meninos, e presumivelmente as suas mães, onde terão deixado as meninas, em casa, lugar que destinam às mulheres, a cargo de criados? Por outro lado, pensei também, se não tivessem sido os nossos heróis, a começar em D. Afonso Henriques, e por aí fora, provavelmente andariam as mulheres portuguesas igualmente de burka.

Ao menos, que a visita ao ocidente possa servir para abrir algumas mentalidades. 

 

Passou o verão mas ficam as imagens de praias de sonho

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Pois é, lá passou mais um verão, mas ficam sempre as lembranças de praias de sonho, nos nossos sonhos.

Calculo, que um esquimó tenha como sonho uma imagem de gelo e neve e que um habitante do deserto tenha como sonho uma escaldante e perfeita duna de areia, mas para muita gente, na qual me incluo, não há nada como poder sonhar com um mar quente, verde esmeralda, ou azul turquesa, tanto faz, águas transparentes, areais finos, uma brisa ligeira e o abençoado sol.

Lembro-me das aulas de Yoga, quando a instrutora dizia, «e agora relaxem e pensem no vosso lugar secreto, no vosso jardim encantado, na vossa praia favorita.»

Guardemos pois as memórias dos dias de praia perfeitos.

 

 

Os táxis, as suas guerras e as nossas pausas

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Apanhar um táxi para mim, significa amiúde, vencida pelo cansaço, pelas distâncias, pela pressa, uma pausa no dia.   

Quantas vezes, com receio da reação do taxista, supliquei ao entrar, se o senhor não se importasse de me levar só até ali, eu sei que é perto, mas estou com estes pesos, com uma dor na perna, enfim...

Depois desta preparação, não me lembro de ter obtido comportamentos desabridos.

Mas lá que os temo, isso é verdade.

Desabridas e de meter medo, foram ontem as manifestações dos taxistas contra o sistema de carros de aluguer Uber.

Não sei se os taxistas não terão alguma razão e também não quero ir por aí, mas se a têm, perdem-na ao baterem nos seus próprios colegas que continuavam a trabalhar.

São cenas que não dignificam nenhum grupo profissional. 

E para os passageiros a viagem deixará concerteza de ser uma pausa.

A maldadezinha

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A maldadezinha ou esperteza saloia, não digo que seja uma coisa portuguesa, digo antes que é uma coisa muito comum e muito humana.

Aqui vai a história:

Andava ela com o cão, um grande e ativo pastor alemão, sem trela, a passear de forma despreocupada.

Várias vezes lhe tinham dito para usar a trela, mas... 

O cão, como tantos outros, gostava de ladrar, e quando o fazia, com tal porte era um pouco assustador.

Naquele dia, o cão começou a ladrar para um senhor, que talvez assustado ou descontrolado, se baixa para tentar apanhar uma pedra para atirar ao animal, o que como é previsível, ainda o atiçou mais.

O animal não chega a tocar no homem, que no entanto, tropeça e quase cai no passeio.

A dona apresenta-se, controla o cão, pede desculpa, verifica se é preciso fazer alguma coisa, parece que não, e o incidente poderia ter ficado por aí. 

No entanto, passados dias, começa esta dona a receber chamadas repetidas da filha do senhor, a dizer que o pai ficou muito abalado com o acontecimento, muito doente desde então, a diabetes e a tensão a subir, quase às portas da morte.

Em resumo, queria dinheiro, chamava-lhe indemnização pelos danos causados pelo animal. 

Foi então que a dona se lembrou, e aquele seguro de responsabilidade, talvez servisse para alguma coisa.

E vai de dizer, «sabe, eu tenho um seguro para o cão, será melhor colocar essa questão à  minha companhia.»

Como podem imaginar, foi remédio santo, nunca mais houve chamada nenhuma, e o cão passou também a andar mais controlado nas suas passeatas.

 

 

Prémios para o turismo de Portugal que bem os merece

http://observador.pt/2015/09/06/portugal-brilha-nos-oscares-do-turismo/

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Portugal foi distinguido este sábado, com vários prémios atribuídos pela organização World Travel Awards (WTA), considerados os óscares do turismo, no setor de viagens e turismo e nas categorias Europa, Mediterrâneo e Portugal. A notícia, que eu retirei do Observador tem um link supra, mas pouco se ouviu nos media, atarefados que andam com a triste campanha eleitoral, a libertação de algum preso, as novas novelas, etc....

Ora, estes prémios são o resultado de votações on line de operadores turísticos e não só e no caso português ultrapassam dois países com similitude turística, a Espanha e a Itália, o que é notável dadas as diferenças de dimensão.

O Algarve foi considerado o melhor destino de praia europeu, depois há hotéis, resorts e por aí fora.

O país tem desenvolvido imenso o seu turismo, e deixou de ser um segredo escondido e  bem guardado para passar a andar nas bocas do mundo. 

Mas ainda há muito recanto a explorar, as Beiras, as aldeias históricas, as aldeias de xisto, o Alentejo, os Açores e muito mais.

É só descobrir. 

 

Coisas que estão sempre a mudar

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Há coisas que parecem estar sempre a mudar, como o aspecto das rochas da praia com as marés, mas se formos a ver permanecem na sua essência, estou a pensar neste momento, na força dos laços familiares.

Vem isto a propósito de um filme em exibição nos nossos cinemas, «Ricki and the flash», que conta a história de uma cantora rock, da sua banda e da sua família. Há anos, deixou o marido e os filhos para viver o sonho da música, nunca tendo porém, chegado a ser uma grande estrela. 

A nossa Ricki, trabalha de dia como caixa num supermercado, onde é supervisionada por gente crítica e muito mais nova e à noite, anima as hostes com a sua banda, num velho bar, onde interpreta canções americanas que quase todos conhecemos.

Chamada pelo ex-marido para apoiar a filha em processo de divórcio, tem de regressar ao seu passado e ao reencontro com os seus medos.

Muita coisa mudou, desde os anos 70 e 80 do velho rock and roll, e é referida neste filme, por exemplo, o que era viajar de avião outrora e o que é viajar hoje, com os, pouco úteis e pesados controlos de segurança dos aeroportos. 

Este filme é no fundo uma homenagem à música derrubadora de barreiras e de preconceitos, que serve aqui para libertar e unir as pessoas. 

A grande Meryl Streep tem mais um ótimo desempenho e não se sai nada mal com as suas cançonetas.

Vão ver que não se arrependem.

 

 

Um caso bicudo ou um caso redondo

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Sou daquelas que costumam aproveitar os talões de desconto do supermercado da cadeia Continente para meter gasolina no carro.

Vou à minha bomba Galp do costume e não acontece nada...

Dizem que o código de barras não passa na máquina de leitura, de forma que o desconto vai-se....

Será que é coincidência ou será má vontade daquele posto de Galp?

Também tem acontecido convosco? 

 

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