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Ninguém é feliz sozinho

Ninguém é feliz sozinho

O aborto e as taxas moderadoras

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Querem alterar a lei da interrupção voluntária da gravidez para obrigar ao pagamento de taxas moderadoras. 

E tenho de dizer, mesmo que muitos leitores me queiram bater, que concordo com esta alteração.

Se pagamos taxas pela perna partida, pelo enfarte, e por aí fora, porque não pela «ivg»?

Num mundo perfeito, a saúde seria universal e gratuita, mas conforme constatamos diariamente, cada vez vivemos mais longe desta perfeição.

A grande vitória, sem dúvida, foi a despenalização do aborto, quer se concorde ou não com o ato, penso que a maioria dos portugueses acha que o lugar destas mulheres não é a cadeia. 

Agora o pagamento nesta situação da taxa moderadora é mais uma, que temos de engolir.

Os «posts» são com as cerejas....

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Os posts são como as cerejas, vem uns atrás dos outros...

Ontem o Sapo fez, pela primeira vez,  um destaque de um post meu sobre a estação de Santa Apolónia, o que fez aumentar exponencialmente as visitas e as visualizações, que passaram de uma média diária, respetivamente de duas e quatro, para mais de cem e quase perto das trezentas visualizações, pois não param de aumentar.

Por isso, muito agradeço ao Sapo e sobretudo aos meus leitores.

Vamos continuar.

O que querem fazer com a estação de Santa Apolónia

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 A Câmara de Lisboa anda com vontade de fechar a estação de comboios de Santa Apolónia para fazer um jardim.

Triste ideia. Não que os jardins não sejam importantes, mas fechar a estação, localizada no centro histórico da cidade e que continua a ser tão utilizada, sendo a terceira do país, e sobretudo depois de se terem gasto fortunas a concluir a ligação ao metro.   

Parece que o dinheiro abunda e que não há nada mais prioritário em Lisboa, com tanto buraco nas ruas e nos passeios, a precisar de reparação. 

Agora o que poderia ser feito, era ajardinar o interior e ou o exterior da estação, aprimorando o espaço como se fosse uma estufa, ou parecido, algo que os arquitetos paisagistas, saberão concerteza fazer, seguindo a ideia de outras estações por essa europa fora. 

Trata-se de um edifício histórico que deve ser mantido ao serviço do público nas suas atuais funções, pois continua a fazer falta à cidade.

O que nos reserva o dia de amanhã

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Tal como hoje, penso que em todos os tempos a pergunta sempre foi, o que nos trará o futuro. 

É que os sinais à nossa volta podem não ser muito tranquilizadores. 

A tecnologia tem contribuído para o desaparecimento de postos de trabalho e parece que esta tendência se vai acentuar.

Fala-se de comboios, aviões e carros sem necessidade de condutores. Supermercados e farmácias com atendimento e pagamento automatizado mediante a leitura de códigos de barras, das receitas ou de outros sistemas ainda a criar. Intervenções cirúrgicas feitas pelo computador, que substitui o cirurgião, drones em armazéns para procura e entrega de mercadorias.

Eu sei lá o que por aí vai, parece que os ventos que sopram querem afastar de vez o trabalhador, talvez com algumas vantagens, convenhamos, nada de baixas, nada de mau feitio, nada de greves.

Mas será mesmo assim? 

Não terá de haver sempre alguém por detrás a tomar conta da coisa?

Ao menos, tenhamos esperança que estes avanços se possam traduzir não em menos emprego, não em empregos precários ou mal pagos, mas em mais tempo livre e mais qualidade de vida para cada trabalhador.

 

 

 

 

O espetro da depressão

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Recentemente uma figura pública na casa dos trinta anos, a ex deputada, Marta Rebelo, assumiu publicamente sofrer de depressão crónica, diagnosticada  há mais de dez anos.

Disse ela que, em certas ocasiões, sem saber porquê, tendo tudo para ser feliz, como se costuma dizer, se sentia tão mal que só lhe apetecia desaparecer. E depois declarava considerar ser um problema químico e estar desde essa altura a ser devidamente medicada.

Louvo a coragem desta mulher que chama a atenção para um tipo de doença, a mental, que ainda hoje é por muitos vista como um estigma, ou desvalorizada como coisa sem importância, ou ainda algo que se deve esconder ou ocultar por vergonha. 

Felizmente vivemos numa época em que a medicina tem evoluído constantemente, e que mesmo na área difícil da doença mental, estamos longe dos antigos tratamentos do isolamento, das camisas de força, dos banhos de água fria e outras torturas aplicadas aos doentes. 

Muitos doentes há, que tratados e apoiados conseguem fazer uma vida dita normal e isto é um avanço e um raio de esperança para estes pacientes.

 

Casamento «low cost»

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Muito se fala em «low cost» e ontem presenciei um casamento, verdadeiramente deste tipo.

Tudo começou no metro, um grupo de jovens sorridentes e bem dispostos, dava nas vistas, com balão alusivo e instrumentos musicais. Depois  no meio do grupo, descobri o noivo, de fato completo, lacinho ao pescoço e sapatilhas e como não podia deixar de ser, também a noiva, de vestido branco, curto, com um «bouquet» de flores cor de rosa. Saíram (ou saímos) todos e dirigiram-se para as tradicionais «vicentinas», obra social com muitos anos, perto do Largo do Rato, agora chamada «Casa de chá de Santa Isabel», para onde eu também me deslocava, para um chá e scones, com amigas e que vivamente aconselho. 

Podem pesquisar no Google e visitarem de seguida, que de certeza ninguém sairá dececionado.

E assim decorreu a festa, não faltando a alegria, os  cantares e a boa disposição entre os convivas.

E acho que escolheram muito bem, não só o espaço é acolhedor como os preços são simpáticos e adequados para orçamentos reduzidos. 

Simplique-se o que é de simplificar e neste caso, muitos parabéns e felicidades para os noivos. 

 

As poupanças que saem caro

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Nos anos sessenta do século passado, pessoa da minha família emigrou para a Holanda, onde passou a viver.

Sim, também nessa época a emigração de jovens era forte, pois além da crónica falta de emprego, fugia-se ainda da ditadura, da pide e da guerra colonial. 

A Holanda na altura, parecia o paraíso do bem estar social.

Mas muita coisa mudou e tem vindo a piorar, nestes últimos tempos, apesar de por lá não ter andado nenhuma «Troika».

Há poucos anos, a minha cunhada, agora com dupla nacionalidade luso-holandesa, precisou de colocar uma prótese numa anca, tendo recorrido ao sistema de saúde do país em que vive e onde paga os seus impostos.

Posteriormente, necessitou de ser operada à outra anca, ficando em lista de espera. Como as dores eram muitas e a espera ainda maior, foi medicada meses a fio com analgésicos e anti-inflamatórios, o que lhe provocou uma reação alérgica na pele que teve de ser tratada em ambiente hospitalar. Não podia ser operada enquanto a pele estivesse naquele estado. 

Descobriu agora que a primeira  prótese terá de ser mudada em breve, mediante nova intervenção cirúrgica, pois a qualidade da mesma deixa a desejar. 

A pergunta é, onde está a poupança neste caso?

Vai ficar mais caro ao sistema de saúde terem prolongado a espera pela segunda operação e terem usado material inferior na primeira intervenção.

Lá como cá, há poupanças que saem caras a todos. Se não se preocupam com o doente ao menos que se preocupem com a despesa pública. 

Menu de fantasias

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Catálogo de fantasias diferenciadas, algumas brilhantes como um candelabro, é o que me fazem lembrar certas atividades.

Recentemente, vi num jornal um anúncio sobre a inauguração do «jardim do amor», com o seguinte texto, «pode adquirir no comércio um kit que inclui,» (entre outras coisas), «um pequeno papiro onde poderá escrever uma dedicatória ou jura de amor para ser colocada num dos 700 cofres embutidos nas paredes do jardim do amor.»

Serão de louvar iniciativas que visem a promoção e a dinamização das diversas localidades, por isso me calo em relação à divulgação do nome da cidade em causa, terra que muito aprecio.

Mas o que me surpreendeu, foi o facto de parecer que mesmo no jardim do amor, houve algumas cautelas, o papiro é pequeno, não vá alguém alongar-se no que não deve, e o número também é limitado, apenas para os primeiros 700 apaixonados, que não queremos nem mais um e por fim, a quase certeza, de que nada é para sempre, nem as juras de amor eterno, ou muito menos estas,  pois os «papiros serão guardados durante um período de três anos, no fim do qual poderá regressar para renovar o seu cofre... »

Dei comigo a matutar, e no caso de alguém pretender quebrar a sua jura antes dos 3 anos, terá de esperar? 

Regras e novas regras

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Ouço muitas vezes jovens pais queixarem-se que os filhos bebés não os deixam dormir e eu costumo dizer-lhes, por ora ainda vai bem a coisa, o pior é quando começarem com as saídas noturnas e aí sim, ninguém prega olho com a aventura das noitadas, do perigo das bebidas em excesso, do regresso a casa  e todos os fantasmas que os pais e as mães angustiados imaginam na sua espera durante a madrugada.

Lá virá tempo em que os bebés que dormem pouco se tornarão adolescentes dorminhocos, que mal querem sair do seu quarto.

Há também aqueles que se queixam que o seu filho está atrasado, ainda não anda, ainda não fala, não come bem, pois virá tempo em que vai correr sem ninguém o conseguir apanhar, vai falar pelos cotovelos, de forma a que o único desejo da família seja que se cale, pelo menos um minuto e vai comer vorazmente num ápice todas as reservas dos armários e do frigorífico.   

Aproveitemos o momento e saibamos esperar sem angústias.

 

Outra vez as mãos à obra

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Esta velha cadeira de tanto uso rasgou o assento. Ora, faz-me pena deitar as coisas fora.

Ainda perguntei a um estofador se a podia arranjar e quanto seria, ele olhou para mim com um ar desconfiado e a resposta foi, qualquer coisa do género, «de mais valia ir ao supermercado, pois que....»

Entendi o que queria dizer e resolvi deitar mãos à obra e com os restos de umas cortinas, agulha e linha arranjei esta e o seu par.

Podem muito bem continuar a ser usadas e durar mais uns aninhos.

Sempre ouvi dizer que quem guarda o que não presta tem o que precisa.

Para quê e por quê deitar fora?

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